Após quase 12 horas, a sessão da CPI do Detran terminou por volta das 5h30min desta sexta-feira. Entre os depoentes ouvidos pelos deputados, o servidor do Detran Gilson Araújo de Araújo confirmou que o empresário Lair Ferst, suspeito de ser um dos pivôs do escândalo, visitava com freqüência a sala da presidência da autarquia.

A informação contradiz o depoimento dado pelo ex-presidente do Detran, Carlos Ubiratan dos Santos. Araújo detalhou ainda que Ferst tinha acesso livre à sala de Ubiratan.

Outra pessoa ouvida na CPI foi o contador da Fundae, Hélvio Debus. Ele disse que as empresas sistemistas cobravam alto valor pela prestação de serviços como forma de comissão por ter ajudado na pressão política para atrair o projeto do Detran para dentro da Fundae.

O primeiro a depor na CPI, que iniciou por volta das 18h de quinta-feira, foi o ex-secretário do Planejamento Ariosto Culau. Ele foi flagrado em uma happy hour com o empresário Lair Ferst logo após o governo ter anunciado o fim do contrato da autarquia com a Fundae. Ariosto contou que o encontro foi um momento de descontração e que apenas conversaram sobre amenidades.