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 | 16/04/2008 21h56min

Delegado da PF visita Planalto pela segunda vez

Sérgio Menezes conduz inquérito sobre o dossiê dos cartões corporativos da gestão FH

O delegado da Polícia Federal Sérgio Menezes, que conduz inquérito sobre o dossiê dos cartões corporativos da gestão Fernando Henrique Cardoso, foi nesta quarta-feira pela segunda vez ao Palácio do Planalto para buscar informações sobre a entrada e saída de pessoas na Casa Civil.

Menezes foi ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI) da República pedir mais dados sobre a "segurança orgânica" do Palácio na semana passada. Informações que o ajudarão a investigar a suspeita de que uma pessoa entrou na Casa Civil, pegou o dossiê e o divulgou em seguida. Essa possibilidade foi aventada pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.

Para se reunir com funcionários do GSI, Menezes faltou à cerimônia de troca de comando da Superintendência Regional da PF em Brasília, em que ele próprio foi exonerado do cargo de diretor-executivo.

Na semana passada, o delegado apreendeu cinco laptops e dois computadores de mesa que são usados por seis funcionários da pasta dirigida por Dilma. A investigação, de acordo com agentes da PF, não ficará restrita aos seis servidores designados para a montagem do dossiê. A apuração deve alcançar a secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra.

A determinação da direção da PF é de que o inquérito seja concluído o mais rápido possível. A expectativa é de que seja cumprido à risca o prazo fixado inicialmente, de 30 dias. O delegado espera a conclusão da perícia nos computadores, que deve ficar pronta até sexta-feira, para começar a ouvir os funcionários da Casa Civil.

Hoje, o ministro da Justiça, Tarso Genro, negou-se a tratar do assunto. O diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, na terça-feira, garantiu que a investigação vai até o fim.

— A Polícia Federal não depende de garantia de ninguém. Ela (PF) quando instaura um inquérito, delimita o que vai apurar e vai até o fim na investigação. Isso não depende de garantia de ninguém, nem do chefe da PF, nem de ninguém — declarou Corrêa.

O diretor-geral não disse, porém, se a PF está investigando apenas o vazamento ou também a construção do dossiê e quem o fez. Segundo ele, o delegado Menezes tem independência para tocar o procedimento.

Agência Estado
 
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