Notícias

 | 14/04/2008 20h53min

Dilma deve adiar ida ao Senado para maio, diz Múcio

Ministro afirmou que ministra "tem problemas de agenda nesta semana"

O ministro José Múcio (Relações Institucionais) afirmou nesta segunda-feira que a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) só deve depor na Comissão de Infra-Estrutura do Senado nos dias 30 de abril ou 6 de maio, data-limite para atender à convocação dos senadores, segundo informações do site G1.

A data inicialmente prevista para o depoimento, anunciada na semana passada pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), era a próxima quarta-feira. Segundo Múcio, a ministra "está com dificuldade de agenda nesta semana", razão pela qual não vai comparecer na quarta.

Oficialmente, Dilma vai falar sobre o Plano de Aceleração da Economia (PAC), mas os senadores devem insistir em questões sobre o suposto dossiê com informações de gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, a ex-primeira-dama, Ruth, e ex-ministros do governo anterior.

Múcio disse acreditar que isso não vá acontecer.

— Ela foi convidada pelo Senado para tratar de assuntos do PAC. Não há uma prioridade absoluta sobre isso. Não acredito que o Senado fosse usar desse expediente, de um convite para falar de um assunto e tratar de outro — disse.

O ministro negou que a idéia de a Dilma adiar ao máximo o depoimento seja uma estratégia do governo para tirar a ministra da linha de fogo.

— Não há estratégia nenhuma — afirmou.

— Essa questão do dossiê já foi mais que explicada, a questão que mais incomoda, que são os documentos secretos, é mais do que imprescindível a segurança desse equipamento. Qual foi o grande crime? O vazamento. Alguém que trabalha nesta área que esteja vazando que a instituição da Presidência da República, não é o governo Lula, entendem que são secretos — declarou.

Múcio disse que o governo não tem acompanhado as investigações da Polícia Federal (PF) sobre o vazamento do suposto dossiê. A PF tem feito o acompanhamento e nós torcemos para que tudo seja esclarecido.

Ele criticou a "politização" da CPI:

— Se existe algumas pessoas querendo aproveitar a CPI para transformar em palanque, isso é um outro assunto, que pode acontecer tanto na Câmara, em uma CPI mista, quanto no Senado.

O ministro disse que o caso trouxe uma dor de cabeça desnecessário ao governo.

— Quem ganhou com isso? Para o governo foi muito ruim, para as relações com o governo anterior não foi uma coisa boa, para as nossas relações com o Congresso não foi uma coisa boa. Suscitou-se uma dúvida e uma suspeição desnecessária para esse momento — afirmou.

 
SHOPPING
  • Sem registros
Compare ofertas de produtos na Internet

Grupo RBS  Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2010 clicRBS.com.br • Todos os direitos reservados.