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 | 14/04/2008 14h16min

Dívida: parlamentares ainda negociam com o governo

Bancada ruralista tentará conseguir desconto de 60% e prazo de três anos para parcela deste ano das dívidas de custeio

O presidente da Comissão de Agricultura da Câmara, deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) confirmou que o governo federal deve editar nesta terça-feira, dia 15, ou na quarta-feira, dia 16, a medida provisória (MP) com os termos da renegociação da dívida agrícola para os grandes produtores. Mas antes disso, a bancada ruralista vai tentar melhorar algumas condições. O parlamentar participou do programa Pergunta Brasil desta segunda-feira, dia 14.

De acordo com ele, a renegociação abrange cerca de R$ 58 bilhões, pouco mais da metade da dívida dos produtores. Para Onyx, o montante está muito aquém do desejado, mas, apesar disso, há motivos para comemorar.

– Temos que reconhecer um avanço: no caso dos investimentos, conseguimos para a parcela deste ano um prazo de três anos para pagar e 60% de desconto. Ainda podemos melhorar até a edição da medida. Vamos buscar as mesmas condições para as dívidas de custeio. Se para o investimento é possível, porque não para o custeio? – questionou.

O deputado gaúcho adiantou ainda que durante as negociações entre a bancada ruralista e o governo, os ministérios da Agricultura e da Fazenda informaram que vão criar o Fundo de Catástrofe, englobando o seguro rural.

– O produtor que sofreu perda na lavoura em decorrência de fenômenos climáticos não deixou de pagar suas dívidas de custeio porque quis. Não pagou porque não conseguiu – justificou o deputado.

O diretor de agronegócios da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Benedito da Silva, que também participou do Pergunta Brasil desta segunda-feira, elogiou o trabalho da bancada ruralista pela negociação com o governo federal. Para ele, o resultado das tratativas é razoável para os produtores.

– O produtor sempre acha que o governo podia dar mais do que deu, mas os recursos são escassos. A negociação dos parlamentares com as autoridades federais foi eficiente – disse.

Silva lembrou que grande parte da dificuldade dos produtores rurais em quitar seus débitos, seja com o agente financeiro ou com a União, resulta de prejuízos na safra causados pelo clima. Por isso, conforme ele, é urgente que as lavouras permanentes do Brasil sejam seguradas.

– O agricultor não tem proteção de renda. Enquanto não resolvermos isso com o seguro agrícola, não vamos a lugar nenhum – afirmou.

Negociação com os bancos

Aos produtores endividados que participaram do Pergunta Brasil, o deputado e o diretor de agronegócios da Fiesp foram unânimes em recomendar que  esperem a publicação da medida provisória, para ver se o seu caso se enquadra nos benefícios acertados com o governo, e só então procurem seus gerentes bancários.

Onyx Lorenzoni e Benedito da Silva também aconselharam os agricultores a procurar os advogados do sindicato rural de sua cidade para buscar informações antes de partir para a negociação direta com os agentes financeiros.

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