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 | 08/04/2008 18h25min

Renegociação da dívida agrícola incluirá redução dos juros de custeio

Governo já fechou proposta, mas acordo só deve sair nesta quarta-feira

O acordo final de renegociação das dívidas dos produtores rurais foi adiado mais uma vez e ficou para esta quarta-feira, dia 9. Os deputados da bancada ruralista voltam a se reunir, às 17h, com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. Como o prazo estabelecido pelo governo para fechar o pacote de repactuação era 10 de abril, os parlamentares acreditam que sairão desse encontro com um acordo.

Nesta terça-feira, Stephanes afirmou que a proposta definitiva do governo para a renegociação da dívida agrícola já está fechada e que o projeto final deve sair por medida provisória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na próxima semana. Ele adiantou que os juros de custeio, que estavam em 8,75%, foram reduzidos para 6,75%. O valor total a ser negociado é o mesmo da proposta anterior, de R$ 56 bilhões, do total de R$ 87 bilhões.

Conforme o deputado Homero Pereira (PR-MT), Mato Grosso, que sofre com o problema de logística para o escoamento da produção, e o Rio Grande do Sul, que sofreu com intensos períodos de seca nos últimos anos, terão tratamento diferenciado. Na opinião dele, que preside a Comissão Nacional de Endividamento da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, o projeto final deve ser um meio termo entre as propostas iniciais do governo e dos agricultores.

Nesta terça-feira, parlamentares se reuniram com os ministros Reinhold Stephanes, da Agricultura, Guido Mantega, da Fazenda e representantes do setor agropecuário. Após três horas do encontro, nenhum dos participantes quis detalhar os resultados obtidos, além do que já havia adiantado Stephanes. Mas o presidente da Comissão de Agricultura da Câmara, deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), ainda considerava a negociação aberta.
 
– Faltam, talvez, menos de 24 horas para que se construa um acordo que deverá satisfazer a grande parte dos produtores brasileiros – afirmou, no fim da tarde.

Já Stephanes alegou que o assunto está na reta final e que o governo cedeu o máximo que poderia na proposta de renegociação da dívida agrícola.

– Este é o limite ao qual o governo poderia chegar, de acordo com as possibilidades financeiras, com a política econômica e até com a política agrícola. O projeto, no geral, está fechado e é isso que vai ser apresentado – disse o ministro.

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