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 | 09/04/2008 12h31min

Presidente do Tribunal de Contas visita indiciado no caso do Detran

Vargas disse que encontro foi de cortesia e que não mistura vida pessoal e profissional

Daniel Scola  |  daniel.scola@rdgaucha.com.br

O presidente do Tribunal de Contas do Estado, João Luiz Vargas, visitou, na manhã desta quarta-feira, José Fernandes, dono da empresa Pensant e um dos indiciados pela Polícia Federal. Ele é apontado com o pivô da fraude do Detran. Eles ficaram reunidos durante uma hora.

Na saída, testemunhada pela reportagem da Rádio Gaúcha e da RBS TV, Vargas disse que fez uma visita de cortesia para se solidarizar com amigo, que segundo ele, passa por problemas de saúde.



O presidente do Tribunal de Contas também foi ao encontro de Fernandes para falar sobre as visitas que os dois fizeram à Assembléia no ano passado.

— Eu nunca abandono os meus amigos, e principalmente nas horas em que eles estão passando por dificuldades. Eu espero que toda a situação do Detran seja esclarecida na sua totalidade.

O dono da Pensant está no centro da operação Rodin. Ele é apontado pela Polícia Federal como um dos mentores do esquema de desviava recursos do Detran por meio do contrato firmado com fundações da Universidade de Santa Maria. Desde a descoberta da fraude, Fernandes se isolou. Ele foi preso em novembro e indiciado na Operação Rodin.

Nesta quarta-feira foi revelado que pessoas indiciadas pelo esquema visitaram a Assembléia Legislativa três dias antes da troca de fundações na execução do contrato com o Detran, alvo da força-tarefa da polícia.

Os encontros foram relatados por Silvestre Selhorst, da Fatec, como acertos do esquema de propina. Vargas afirmou que participou de uma visita à Assembléia acompanhado de Fernandes, mas nunca intercedeu em favor da Pensant.

— Todas as vezes que estive na Assembléia, estive reivindicando alguma coisa para a região. Aliás, o professor José Fernandes esteve trabalhando para a região, não era uma questão da empresa que ele pertence — explicou.

O nome do presidente do Tribunal de Contas foi mencionado no inquérito da Operação Rodin. Vargas não vê problemas em ocupar o cargo máximo de um órgão de fiscalização e se encontrar com o indiciado pela fraude.

— Em momento nenhum eu misturo a minha vida particular com as questões que podem estar colocadas como atividade e missão no Tribunal de Contas, onde tenho procurado agir com a maior lisura, como procuro agir no campo pessoal, com o que aprendi na vida que é estar com os meus amigos.

 
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