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 | 14/02/2008 12h45min

Pacote de segurança terá força-tarefa para investigar crimes em 15 cidades

Governo investirá R$ 4,6 milhões para tentar reduzir o acúmulo de inquéritos nas delegacias gaúchas

Francisco Amorim  |  francisco.amorim@zerohora.com.br

Atualizado às 15h50min

Ao anunciar na manhã desta quinta-feira 11 medidas para a gestão da Segurança Pública, a governadora Yeda Crusius garantiu que o governo irá nomear 242 escrivães já formados e colocará em prática 16 mutirões — de escrivães, inspetores e delegados — em delegacias de 15 municípios do Estado para a conclusão de 27 mil inquéritos policiais.

— O primeiro deles (mutirão) será Uruguaiana — disse Yeda, durante o ato que ocorreu no Auditório do Centro Administrativo Fernando Ferrari (Caff), com a presença da cúpula da Segurança Pública, autoridades do Estado e servidores ligados à área da Segurança.

O município terá a força-tarefa de 50 agentes e quatro delegados já na segunda-feira. As 14 cidades restantes, a maioria delas na Região Metropolitana e Serra, recebem os mutirões ao longo dos próximos 24 meses e o investimento total deve ser de cerca de R$ 4,6 milhões. A Capital terá dois mutirões. Yeda garante que há previsão orçamentária para todas as ações previstas.  

Segundo o governo, a segurança pública do Estado em 10 anos será transformada em modelo para o Brasil. 

— Vamos seguir um modelo testado, que deu certo, onde ocorreu a maior redução de todos os índices de criminalidade — disse Yeda ao referir-se à política adotada em São Paulo e reduziu a criminalidade.

— Esta é a visão de futuro do governo: tornar a segurança pública do Rio Grande do Sul modelo no país, como referência de paz social e garantia dos direitos fundamentais em 10 anos — completou o secretário José Francisco Mallmann.

Questionada sobre a nomeação de outros 250 policiais civis, que já concluíram o curso de inspetor, Yeda pediu paciência.

— Quando tivermos recursos para isso, faremos. Peço que esperem um pouquinho — afirmou.

O pacote prevê também a contratação de 500 policiais militares (PM) temporários para substituir PMs em guardas de presídios, realização de curso superior de PM para ingresso de 52 capitães, abertura de concursos públicos para ingresso de 550 policiais civis e 133 servidores do Instituto Geral de Perícia, além da nomeação de 50 servidores penitenciários e do lançamento da campanha de divulgação dos telefones do Disque-Denúncia (181) e Emergência (190).  

O objetivo da campanha é reduzir os trotes. Em 2007, o número 181 recebeu 114.755 ligações até o dia 27 de dezembro, das quais 86% foram trotes ou chamada indevidas. Já o número 190 recebeu em 2007 um total de 1.871.020 ligações. Dessas, 72% foram trotes ou chamadas indevidas, segundo informações do governo. 


Serão distribuídos inicialmente 20 mil cartazes em órgãos da segurança pública e, depois, peças publicitárias em postos de saúde, prefeituras, câmaras municipais, terminais de ônibus, escolas universidades, conselhos tutelares e órgãos públicos. Outros 50 mil folhetos, só do número 190, terão a mesma destinação.

De teor administrativo, as ações anunciadas estão amparadas no plano de governo e em quatro objetivos considerados prioritários pela secretaria. Segundo o governo, são eles: Promover, de forma gradativa, a reversão da impunidade; Qualificar os serviços e equipar os órgãos de Segurança de forma permanente; Valorizar os servidores da Segurança Pública e Reestruturar a secretaria e seus órgãos vinculados.

Manifestação

Cerca de 30 escrivães e inspetores que aguardam nomeação fazem uma vigília em frente ao Palácio Piratini nesta quinta. A categoria deve ser reunir ainda hoje para definir o futuro da manifestação.

 
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