Em 2007, 5.960 apenados fugiram dos regimes aberto e semi-aberto no Rio Grande do Sul. O levantamento foi divulgado nesta sexta-feira pela Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe). Desse total, 95% dos casos envolve apenas presos do semi-aberto que tem maior número de internos. De acordo com a Susepe, 2,5 mil presos fugiram, enquanto o restante não retornou ao presídio após trabalho externo, saída temporária ou dispensa judicial. 

Para reverter esse quadro, o titular da Susepe, Bruno Trindade, promete elaborar um projeto-piloto e encaminhá-lo ao governo federal para a obtenção de recursos. Se aprovado, o objetivo é construir até 2009 uma casa prisional modelo na Região Metropolitana para abrigar presos do regime semi-aberto. Seria um presídio com apenas um portão, cercas e ainda câmeras de vigilância e controle digital de entrada e saída.

Trindade destaca que os albergues de Porto Alegre, Viamão e Charqueadas são locais inadequados para abrigar presos, pois foram prédios construídos para outras finalidades e depois adaptados para o sistema prisional.

O local mais adequado atualmente no Estado para abrigar presos do regime semi-aberto é o Instituto Penal Escola Profissionalizante, em Charqueadas.