O governo e a oposição iniciam uma batalha no Congresso Nacional para ver quem é o “pai” da CPI dos Cartões, que investigará os gastos com o cartão de crédito corporativo, pago com dinheiro público. A oposição reagiu à decisão do governo de propor uma CPI no Senado para investigar os cartões corporativos desde 2001. As informações são do site G1.

Os partidos de oposição querem uma CPI mista, com senadores e deputados. O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) disse que até a próxima semana terá as assinaturas necessárias para instalar uma CPI mista.

— Não seriam duas CPIs ao mesmo tempo. Seria uma CPI mista, que é um instrumento de investigação, e uma CPI proposta pelo governo. Uma CPI governista é evidente que não tem intenção de fiscalizar — alfinetou o deputado.

— O governo não teme a CPI, não tem nada a esconder, quer transparência e quer debater os gastos públicos — rebateu o lidero do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).

A determinação do Congresso em investigar as despesas dos cartões do Poder Executivo jogou os holofotes também sobre os parlamentares. No Senado, o diretor-geral, Agaciel Maia, anunciou que colocará na internet as informações sobre os gastos dos senadores com a verba indenizatória (R$ 15 mil) que eles recebem todo mês para pagar aluguel de imóveis, transportes e outras despesas.

— Nós temos duas semanas de treinamento com os 81 gabinetes dos senhores senadores para que os servidores possam alimentar as despesas com as verbas indenizatórias no sistema que vai ao ar na página do Senado — disse Maia.