O governo federal não quer mais que os ministros de Estado sejam portadores dos chamados cartões corporativos, pivôs do último escândalo que atingiu o país e culminou na saída da ministra da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro. Será dada uma "recomendação", que virá por meio de em um ofício do Ministério do Planejamento, para os ministros não utilizarem mais o cartão. Embora não tenha caráter legal, a "recomendação" é vista dentro do governo quase como uma ordem, conforme o site G1. No entanto, nenhum ministro será obrigado a devolver o cartão.

O argumento para a manutenção dos cartões dos ministros, apesar da "recomendação", é que alguns deles, por razões próprias, podem entender que o uso se faz necessário. O Ministério do Planejamento confirmou que há estudos sobre o assunto.

Segundo a assessoria de imprensa da pasta, há um "consenso" de que os ministros de Estado não deveriam mais ter o benefício. Informou ainda que dois caminhos são possíveis: que um assessor faça os gastos em nome do ministro, preservando o caráter da "impessoalidade", ou que sejam autorizadas diárias para os ministros de Estado durante suas viagens oficiais.