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 | 14/12/2007 10h57min

Brasil deve produzir 27 bilhões de litros de leite em 2007

Previsão marca aumento de 6% em relação a 2006

Gustavo Ferreira  |  gustavo.ferreira@gruporbs.com.br

O Brasil deve produzir 27 bilhões de litros de leite em 2007. A previsão foi feita nessa quinta-feira, dia 13, pelo presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rodrigo Alvim. Isso representa um aumento de 6% em relação a 2006.

– Mesmo com a prorrogação da seca, haverá incremento, puxado pelo mercado internacional – afirmou Alvim, durante a divulgação do Balanço e Perspectivas da Agropecuária Brasileira.

Ele disse também que a pecuária de leite neste ano se divide em dois momentos. Até setembro, houve recuperação dos preços pagos aos produtores, que chegou a R$ 0,80 por litro, o maior valor em 14 anos. A partir de outubro, houve queda de 6,3% devido ao aumento da produção e à queda no consumo do leite longa vida, ficando a cotação média em R$ 0,74 o litro.

Segundo ele, o mercado internacional também tem ditado o ritmo de aumento dos preços, devido à escassez do produto, fazendo com que a tonelada de leite em pó chegasse a US$ 5,5 mil em agosto deste ano.

– A tendência daqui para frente, é que os patamares fiquem próximos a US$ 4 mil – afirmou.

Alvim enfatizou também que o Brasil tem plenas condições de ocupar mais espaços na fatia de exportação do produto, pois há uma previsão de queda de produção na Austrália e na Argentina e estagnação nos Estados Unidos e na Nova Zelândia. Ele destacou que o país tem exportado principalmente para a Venezuela e países da Ásia e África.

Dos países que mais exportam leite, o Brasil é o que vende menos no Exterior. A principal barreira ainda são as elevadas tarifas impostas ao produto nacional.

As dificuldades em avançar com as negociações agrícolas na Organização Mundial do Comércio (OMC) preocupam os produtores dos países que mais vendem leite no mercado externo. É o caso da Nova Zelândia, Austrália, Chile, Uruguai, Argentina e também o Brasil. O grupo, que forma a Aliança Láctea Global acha difícil que a rodada de Doha seja retomada antes de 2010. É o que pensa o presidente da aliança, Raul Roccataliata:
 
– Não vemos que a OMC esteja evoluindo fortemente. E isso é lamentável. Mas considerando a oferta e demanda mundial por leite, a evolução da economia mundial e os diferentes compradores, há ainda um espaço importante para a manutenção dos atuais preços internacionais.

CNA/CANAL RURAL
 
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