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 | 14/12/2007 09h32min

Ministro lamenta perda das verbas do PAC da Saúde

Segundo Temporão, o plano fica comprometido sem a CPMF

A derrubada da CPMF pelo Senado praticamente pôs fim também ao PAC da Saúde, lançado pelo governo há cerca de uma semana. Os R$ 24 bilhões que se pretendia investir na expansão dos serviços de saúde, construção e reforma de hospitais e, principalmente, no reajuste das tabelas de pagamento do Sistema Único de Saúde (SUS) desapareceram das previsões do governo.

Sem a CPMF, o governo a rigor não tem hoje recursos nem mesmo para cumprir o orçamento de R$ 40,1 bilhões para 2008, já que a metade desse dinheiro viria do imposto do cheque. Mas, como a Constituição obriga a manter o investimento na saúde de um ano para outro, mais a variação nominal do Produto Interno Bruto (PIB), terá de cortar em outro lugar para fazer a compensação.

— A saúde era um problema que estava resolvido e agora não está mais — disse o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, depois de se reunir com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o mais afetado de todos, José Gomes Temporão.

Durante o encontro, a piada recorrente era de que o ministro da Saúde tinha amanhecido, de repente, R$ 40 bilhões mais pobre.

— Saímos de uma situação em que tudo levava a crer que teríamos um acordo histórico para a saúde, em que todos ganhavam, para essa realidade desastrosa. Foi um processo absolutamente contaminado por disputas partidárias. — disse Temporão.

O governo terá de assegurar os R$ 40 bilhões em 2008, mas não há garantias de que possa manter o planejamento feito no PAC da Saúde. Os recursos estão previstos na regulamentação da Emenda 29, que garante os índices mínimos de investimento no setor devidos por esfera de governo. A lei da regulamentação previa que esses recursos extras também viriam da CPMF, aumentando gradualmente a parte da contribuição devida à saúde.

— Não sei ainda como vamos fazer. Esse é mais um subproduto desse processo político — disse Temporão.

De acordo com o ministro, é provável que a regulamentação tenha de voltar à Câmara para ser refeitas.

Agência Estado
 
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