Com mísseis antiaéreos armados e soldados preparados para combate, um Pentágono reformado recorda na quarta-feira o primeiro ano do ataque que matou 189 pessoas no quartel-general das Forças Armadas norte-americanas. Soldados usando capacetes e rifles de assalto guardam as entradas do prédio em um rígido esquema de segurança que antecede uma visita do presidente George W. Bush no meio da manhã.

Voluntários levaram pequenas bandeiras norte-americanas para as 24 mil pessoas que entram diariamente no maior edifício administrativo do mundo. Ao redor do prédio militar, onde o estrago feito pelo impacto do vôo 77 da American Airlines foi consertado ao custo de 501 milhões de dólares, mísseis antiaéreos Stinger estavam armados sobre jipes Humvee.

Os mísseis foram colocados em bases militares ao redor de Washington por ordem do secretário de Defesa, Donald Rumsfeld. Bush, Rumsfeld e o general da Força Aérea Richard Myers, chefe do Estado Maior norte-americano, falarão em uma cerimônia diante da parede nova na face ocidental do Pentágono, onde o avião sequestrado abriu um buraco de cinco andares de altura às 9h37 (10h37 horário de Brasília) de 11 de setembro de 2001. A parte danificada do Pentágono, prédio construído em 16 meses durante a Segunda Guerra Mundial, foi reconstruída por milhares de pedreiros, que trabalharam arduamente para terminar a obra em um ano.

O carpete verde e a mobília em madeira escura são novos, e as paredes ainda têm um cheiro de tinta que substituiu o odor do combustível do avião sequestrado, que impregnou os corredores do Pentágono por semanas após o ataque. Mas a recuperação emocional ainda não está completa. O Departamento de Defesa continua oferecendo assistência para os que sofrem de depressão, ansiedade e outras doenças. As informações são da agência Reuters.