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Posição de porta-aviões indica que EUA estão prontos para atacar Iraque

Bush tenta conseguir apoio internacional para derrubar Saddam Hussein

O porta-aviões americano USS George Washington navegou nesta quinta-feira, 5 de setembro, não muito longe do Iraque, em mais um indício da possibilidade de uma iminente guerra na região. Com 75 aeronaves, a embarcação está pronta para atacar quando o presidente americano, George W. Bush, decidir-se por derrubar o presidente iraquiano Saddam Hussein, sob o pretexto de que Bagdá apóia o terrorismo internacional e esconde arsenais de armas químicas e biológicas.

O chefe da Liga Árabe, Amr Moussa, disse nesta quinta que um ataque contra o Iraque iria "abrir os portões do inferno" no Oriente Médio, e insistiu com Bagdá que receba os inspetores de armas das Nações Unidas, expulsos em 1998 sob acusação de serem espiões dos EUA. Rebatendo as críticas de que faltam argumentos e apoio para atacar o Iraque, Bush disse que os EUA têm provas suficientes da produção de armas de destruição em massa no Iraque para justificar a deposição de Saddam, e prometeu apresentar essas provas em discurso que fará na ONU no próximo dia 12.

Depois prometer que vai buscar o apoio do Congresso antes de tomar qualquer decisão, Bush deflagrou uma campanha para conseguir apoio entre os americanos e no Exterior, argumentando que Saddam está desafiando o mundo. O presidente também tentará legitimar uma possível guerra junto ao Conselho de Segurança da ONU. Ele anunciou que conversará este fim de semana com os membros permanentes do organismo: Reino Unido, França, Rússia e China.

Numa tentativa de evitar o ataque, o Iraque tenta se aproveitar da confusão gerada pela falta de consenso entre Washington e aliados, e acena com a possibilidade de receber os inspetores de armas da ONU. Saddam, contudo, impõe condições. Quer a inclusão de observadores neutros, como religiosos, sindicalistas e jornalistas, entre os inspetores. No início de agosto, as autoridades iraquianas enviaram uma carta ao secretário-geral da ONU, Kofi Annan, em que pediam a presença destes observadores para evitar que as visitas dos inspetores se "transformem em missões de espionagem".

O Iraque quer ainda uma presença maior de observadores europeus e que a ONU impeça Washington de exercer seu direito de veto na escolha da delegação. Bagdá também pede na carta que "informações falsas sobre armas de destruição em massa não sejam utilizadas como pretexto para um ataque americano" contra o regime de Saddam.

 
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