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Bush pedirá à ONU apoio mundial contra o Iraque

Presidente prometeu consultar Congresso antes de um eventual ataque

Logo depois de prometer consultar o Congresso antes de tomar uma decisão sobre um ataque militar contra Iraque, o presidente dos EUA, George W. Bush, disse nesta quarta-feira, 4 de setemro, que na próxima semana pedirá aos líderes mundiais reunidos na Organização das Nações Unidas (ONU) que reconheçam Saddam Hussein uma ameaça ao planeta por produzir armas de destruição em massa.

Reunido com parlamentares na Casa Branca, Bush disse também que, no momento que julgar adequado, pedirá ao Congresso autorização sobre ações "necessárias para lidar com a ameaça", ou seja, para entrar em guerra. No próximo sábado, Bush vai tratar da crise com o Iraque com um importante aliado, o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, numa reunião, em Camp David. O presidente americano também planeja abordar o mesmo tema por telefone com os líderes da Rússia, China e França. – Trabalharei com nossos amigos no mundo – afirmou.

Bush discursará na Assembléia Geral da ONU na próxima quinta-feira, um dia depois das cerimônias pelo primeiro aniversário dos ataques contra Nova York e Washington.

– Primeiro quero lembrar aos Estados Unidos que durante 11 longos anos Saddam Hussein abandonou, retardou ou chantageou qualquer acordo que fez para não desenvolver armas de destruição em massa. Por isso vou pedir ao mundo que reconheça que ele está dificultando o mundo – disse Bush aos jornalistas.

Muitos aliados dos EUA e até alguns membros do governo Bush e do Congresso se opõem a uma ação militar contra o Iraque antes que estejam esgotadas todas as negociações para a volta dos inspetores.

A suspeita de que o país tem armas químicas, biológicas e possivelmente nucleares sustenta a campanha de Bush para derrubar Saddam. O presidente iraquiano, no entanto, afirma que todas as armas já foram destruídas e recusa-se a permitir o retorno dos inspetores da ONU até a suspensão das sanções da ONU – impostas depois da invasão do Kuwait pelo Iraque em 1990.

Especialistas militares da ONU que monitoram programas de armamento deixaram o Iraque em dezembro de 1998 frente a uma campanha dos EUA e do Reino Unido para punir o Iraque pela acusação de ter falhado na cooperação com os inspetores.

Diante da ameaça de um ataque dos EUA ao Iraque, autoridades israelenses ordenaram que as agências de segurança e de emergência do país concluam seus preparativos até novembro para enfrentar eventuais ataques iraquianos contra seu território. Durante a Guerra do Golfo (1990-1991), o Iraque lançou 39 mísseis Scud contra Israel, provocando poucos danos.

 
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