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 | 04/09/2002 10h37min

EUA e UE decidem pressionar o Iraque pela volta de inspetores

A União Européia e os Estados Unidos concordaram em pressionar conjuntamente o Iraque a aceitar a volta dos inspetores de armas da Organização das Nações Unidas (ONU), mas os europeus disseram que ainda não sabem o que fazer se a proposta for recusada. Representando a UE, o primeiro-ministro dinamarquês, Anders Fogh Rasmussen, se reuniu na quarta-feira, dia 4, com o secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, nos bastidores da Cúpula da Terra, em Johanesburgo.

Rasmussen voltou a defender que uma ação militar contra o Iraque só aconteça com autorização da ONU. Washington, que acusa Bagdá de fabricar armas de destruição em massa, quer a todo custo derrubar Saddam Hussein, mas afirma que ainda não se definiu pela guerra.

– Há um acordo entre a UE e os Estados Unidos de que aqui e agora devemos concentrar esforços em garantir que os inspetores internacionais de armas tenham acesso livre e irrestrito ao Iraque – afirmou Rasmussen. – Não obstante, considero de vital importância buscar o caminho da ONU.

Ele considerou "prematuras'' especulações sobre o que ocorrerá se o Iraque não aceitar os inspetores, que deixaram o país em 1998. A presença dessa missão é uma condição para o fim das sanções da ONU ao Iraque, e também aliviaria a pressão política contra Bagdá. Segundo Rasmussen, Powell defendeu a criação de uma coalizão internacional que desse respaldo a uma eventual ação militar, uma postura que entra em choque com a de outros funcionários do governo, como o vice-presidente Dick Cheney, que defende um ataque rápido, preventivo e unilateral, se necessário.

Powell afirmou que está se empenhando pela volta dos inspetores, mas Cheney já afirmou que isso não garantiria o fim das armas e traria uma falsa sensação de segurança. O primeiro-ministro dinamarquês disse que "sem dúvida Saddam Hussein é um problema. Ele tem capacidade de produzir armas de destruição em massa e a disposição de usá-las. Sabemos que violou várias declarações da ONU''. As informações são da agência Reuters.

 
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