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 | 01/09/2002 17h30min

Powell quer inspetores de armas de volta ao Iraque

Declarações do secretário de Estado norte-americano contradiz opinião do vice-presidente

O Secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, disse neste domingo, 1 º de setembro, que Washington queria que o ''primeiro passo'' na resolução da crise iraquiana fosse o retorno dos inspetores de armas para avaliar a capacidade armamentista do presidente Saddam Hussein".

Os comentários de Powell parecem contradizer a posição tomada pelo vice-presidente dos EUA, Dick Cheney, que disse na semana passada que não havia motivo para enviar inspetores de volta ao Iraque se o objetivo era promover uma ação militar contra o regime de Saddam.

Concedendo uma entrevista gravada para a televisão BBC, Powell afirmou que o presidente dos EUA, George W. Bush, queria ver os inspetores, que foram expulsos do Iraque em dezembro de 1998, de volta ao país.

– O presidente vem sendo claro em dizer que ele acredita que os inspetores de armas devem voltar (ao Iraque) – disse Powell num trecho da entrevista para a BBC.

– O Iraque está violando muitas das resoluções da ONU nos últimos 11 anos. Então, como um primeiro passo, vamos ver o que os inspetores encontram, vamos enviá-los de volta (ao país).

Powell também disse entender que a comunidade internacional precisava de mais informações sobre a ameaça imposta por Saddam antes de decidir o que deveria ser feito.

Os comentários do secretário destacaram uma cisão emergente entre os que defendem o uso da força militar no governo norte-americano, como Cheney e o secretário de Defesa, Donald Rumsfeld, e as vozes mais contidas na Grã-Bretanha, que concordam que a prioridade é ter os inspetores novamente no Iraque.

Powell aparentemente está do lado do secretário das Relações Exteriores da Grã-Bretanha, Jack Straw, que na semana passada insistiu que os inspetores de armas eram a prioridade da política de Londres com relação ao Iraque, e não a "mudança de regime" de Bagdá, pedida por Bush e Cheney.

O premiê britânico, Tony Blair, está em cima do muro – insiste que alguma ação deve ser feita no Iraque, mas se recusa a especificar qual. As informações são da Agência Reuters.

 
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