| 20/02/2004 14h36min
O líder do PT na Assembléia Legislativa gaúcha, Ivar Pavan, declarou que o partido se pronunciará oficialmente através de uma nota sobre as acusações feitas pelo ex-diretor-geral da Loteria do Estado do Rio Grande do Sul José Vicente Brizola. O texto será divulgado ainda nesta sexta, dia 20. Segundo o parlamentar, a revista Veja não teria ouvido o PT. Conforme a publicação, na quarta passada, Emília Fernandes, cujo nome teria sido utilizado na época da campanha de 2002 para arrecadar dinheiro para um caixa 2, negou-se a comentar o episódio. Segundo a matéria publicada na revista, ela teria dito que não conhecia as pessoas envolvidas e que não daria declarações antes de falar com o presidente do partido.
Por telefone, Pavan disse ao clicRBS que esse assunto é como "comida requentada", fazendo referência à investigação realizada pela Comissão Parlamentar de Inquérito da Segurança Pública (CPI) em 2001. O deputado participa nesta sexta, dia 20, de solenidades da Festa da Uva, junto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a comitiva do Planalto.
Sobre José Vicente, o deputado estadual afirmou que ele está mostrando desequilíbrio devido ao fato de não ter conseguido obter um cargo no governo Lula. De acordo com Pavan, o ex-diretor da Lotergs estaria repetindo a atitude que teve com o pai Leonel Brizola. Os dois romperam relações em 2001, quando Vicente trocou o PDT pelo PT.
O deputado federal Paulo Pimenta negou qualquer tipo de irregularidade. Segundo ele, não houve nenhuma participação de José Vicente no processo de coordenação da campanha.
José Vicente, diretor-geral da Loteria do Estado do Rio Grande do Sul no governo Olívio Dutra , afirma ter sido obrigado a obter dinheiro para campanha do PT com donos de bingos, videobingos, jogos de cartela e máquinas de videoloteria, os caça-níqueis.
Conforme relato de José Vicente, na ocasião à frente da Lotergs, Carlos Fernandes, filho da então candidata à reeleição ao Senado pelo PT, Emília Fernandes, pediu ajuda para obter recursos financeiros para a chapa majoritária do partido, formada também pelo candidato ao governo, Tarso Genro, e pelo então candidato ao Senado Paulo Paim.
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