| 20/02/2004 13h14min
Após as acusações de José Vicente Brizola, ex-diretor da Loteria do Estado do Rio Grande do Sul (Lotergs), sobre a existência de caixa 2 em campanha petista, o presidente da Assembléia Legislativa do Estado, Vieira da Cunha, reiterou a necessidade de abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito no Estado para apurar possíveis irregularidades na loteria gaúcha.
Para Marlon Santos (PFL), autor do requerimento, a denúncia mostra que a CPI não é exagero. Até o momento, cinco parlamentares assinaram o pedido de abertura. São necessárias 19 assinaturas. A oposição precisa dos votos do PMDB. O líder do governo, Alexandre Postal (PMDB) disse que o partido só vai tomar decisão depois da próxima semana. O assunto será discutido pela bancada.
Em matéria publicada na revista Veja, José Vicente afirma ter sido obrigado a obter dinheiro para campanha do PT com donos de bingos, videobingos, jogos de cartela e máquinas de videoloteria, os caça-níqueis. O caso gaúcho se assemelha à denúncia contra o ex-subchefe Waldomiro Diniz. Ambos trabalhavam por candidaturas do PT em 2002 e lidavam com empresários acusados de ligações com a contravenção.
Conforme relato de José Vicente, na ocasião à frente da Lotergs, Carlos Fernandes, filho da então candidata à reeleição ao Senado pelo PT, Emília Fernandes, pediu ajuda para obter recursos financeiros para a chapa majoritária do partido, formada também pelo candidato ao governo, Tarso Genro, e pelo então candidato ao Senado Paulo Paim.
Os doadores envolvidos com o jogo não estariam registrados no Tribunal Regional Eleitoral, mas integrariam um caixa dois. José Vicente disse que não manteve contato com Tarso Genro e Paim, e eles não foram mencionados nas conversas que manteve. O dinheiro, no entanto, auxiliaria todos os candidatos, conforme matéria publicada na Veja.
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