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Mesmo com quatro vereadores da mesa diretora detidos por suspeita de corrupção, a Câmara de Vereadores de Maravilha terá neste sábado, às 7h30min, sua sessão ordinária. O vereador mais idoso, Martinho Petry (PMDB), disse que se comparecerem os cinco vereadores restantes, os trabalhos podem seguir normalmente, pois haverá maioria para votação dos projetos.

Se alguém faltar, não poderá haver votação, e a sessão será aberta e encerrada na sequência. Com menos de três vereadores, ela nem será aberta.

Um projeto que será votado trata do crédito adicional de R$ 98 mil, que deve ser remanejado no orçamento do município para o pagamento de salários e outras despesas. Petry afirmou que o projeto não é polêmico e já foi aprovado em primeira votação.

Ele disse que vai aguardar o posicionamento da Justiça para decidir se convoca ou não os suplentes. Mesmo que seja prorrogada a prisão temporária dos quatro vereadores por mais cinco dias, ele ainda não vai chamar os substitutos. Só fará isso se for decretada prisão provisória, em que o prazo pode se estender por 30 dias.

Mesmo que não haja sessão, o diretor do Legislativo, Nei Guzatti, não acredita que isso vá interferir na rotina da prefeitura, que depende da aprovação do projeto. A cidade está abalada pela prisão do presidente da Câmara, Max Schabarum (PDT), do vice-presidente, Gilson Wilmann (PMDB), do primeiro secretário, Adelino Zanivan (PTB) e do segundo secretário, Ildo Menezes (PMDB), além do comerciante Nelson Schabarum, pai do presidente da Câmara.

Eles são suspeitos de exigir propina para votar projetos liberando loteamentos, terrenos e abertura de ruas. Os cinco continuam detidos no Presídio Regional de Chapecó.

Martinho Petry disse que aguarda a documentação da Justiça e, se forem comprovadas as denúncias, abrirá uma Comissão Parlamentar de Inquérito.