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Política  | 28/08/2010 11h25min

Fiesc entrega proposta para a candidata do PV

No encontro com empresários, Marina recebeu documento com preocupações e propostas do setor

Simone Kafruni  |  simone.kafruni@diario.com.br

A candidata do Partido Verde (PV) à Presidência da República, Marina Silva, esteve nessa sexta-feira na Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), onde chegou às 9h.

O presidente da Federação, Alcantaro Corrêa, e o primeiro vice-presidente, Glauco José Côrte, entregaram o documento Desenvolvimento SC: uma visão da indústria, com propostas do setor, a exemplo do que já fizeram com os candidatos José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT).

Côrte salientou a importância do setor industrial e destacou que o emprego formal é a verdadeira cidadania. O empresário ressaltou que o país precisa de condições e de um ambiente de negócios adequado para o desenvolvimento econômico, com infraestrutura e reforma tributária. 

— Pedimos o compromisso para que não haja aumento de impostos. Precisamos reduzir a carga tributária — disse. Marina Silva garantiu que todas as propostas do documento entregue pela Fiesc serão analisadas, incluindo a questão do Código Florestal. Mas a candidata verde disse que não concorda com códigos regionais. 

— Hoje reclamam que os estados fazem guerra fiscal, amanhã vão reclamar que estarão fazendo guerra ambiental. Cada Estado flexibilizando mais as regras ambientais para ganhar mais investimentos. Por isso, defendo um código nacional. A partir dele, os estados devem se adequar — afirmou.

A candidata do PV discursou por 40 minutos na Fiesc. Fez questão de ressaltar que o planeta Terra está operando em 30% no vermelho e que não se pode mais pensar em fontes de energia como carvão, gás e petróleo.

São necessários cada vez mais investimentos nas fontes renováveis, provenientes do vento, do sol, da água e da biomassa. 

— Dizem que esse discurso é de ecoterroristas. Mas não é. Freud explica isso como o fenômeno da negação. Nós não queremos ver a realidade e a negamos. E com isso corremos o risco de cair na tragédia dos comuns, deixar de cuidar do meio ambiente porque o vizinho não cuida. O Brasil que queremos pretende fazer desenvolvimento sem descuidar do meio ambiente — explicou.

Marina ressaltou que “o país vive um apagão de mão de obra, com estagnação da qualidade do ensino e investimento de só 5% do PIB em educação”.

Marina Silva candidata do Partido Verde(PV) à Presidência da República

"Ainda temos 15 milhões de famílias em situação de miséria e não podemos parar de crescer. O Brasil pode se desenvolver sem descuidar do meio ambiente"

"Não podemos ver só os problemas. Temos que enxergar os avanços, como a estabilidade econômica e a redução da pobreza. Nós não vamos fazer aventuras."

"Não podemos, em nome dos acertos, ficar complacentes com os erros."

"Ética, para mim, é uma condição de vida. As instituições virtuosas, como o Ministério Público, os tribunais de contas, a sociedade civil e a mídia controlam e fiscalizam os seres humanos."

"O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) está correto. Mas não é um programa. É só um sistema de gestão."

"FHC fez muito pelo Brasil em oito anos. E Lula também em mais oito anos. Agora, o que existe é uma polarização raivosa entre os dois partidos que os representam."

 

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