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Eleições  | 23/08/2010 22h12min

Partidos traçam estratégias em busca de votos para candidatos ao governo de Santa Catarina

A partir de setembro, campanhas devem esquentar e ganhar as ruas

Natália Viana  |  natalia.viana@diario.com.br

A 40 dias das eleições, os partidos traçam estratégias em busca de votos em Santa Catarina. A avaliação é de que, a partir de setembro, as campanhas começam a esquentar e ganhar as ruas.

À frente nas pesquisas para o governo do Estado, Angela Amin (PP) mantém a tática de se colocar como contraponto ao governo atual. Ideli Salvatti (PT) segue colando a imagem ao governo Lula e espera, desta forma, que o crescimento de Dilma Rousseff (PT) nas pesquisas se reflita em sua campanha. Raimundo Colombo (DEM) aposta na engrenagem da estrutura que apoia sua candidatura, com nove partidos coligados e quase 200 prefeituras.

Veja os detalhes sobre a campanha cada candidato a seguir.

Angela Amin (PP)

A avaliação interna é de que "não se mexe em time que está ganhando". A coordenação da campanha da pepista acredita que os programas de televisão estão tendo boa aceitação nas ruas e que a vantagem maior de tempo dos adversários ainda não repercutiu nas pesquisas.

Para o marqueteiro Mário Speranza, as pesquisas feitas depois do início do horário eleitoral no rádio e na televisão mostram que a campanha está no rumo certo e que não há necessidade de mudanças.

— Não tem o que mudar. A Angela é assim, não criamos um personagem, estamos mostrando como ela é. Por isso, não faz sentido mostrar uma personalidade diferente, as pessoas sabem como ela é — afirma.

Além dos programas de rádio e TV, a coligação mantém a estratégia de aceitar todos os convites feitos, desde debates, entrevistas e eventos. Outra estratégia é intensificar as viagens pelo Estado, com a meta de visitar todos os municípios catarinenses até as eleições. A agenda é tentar percorrer cerca de 10 cidades por dia.

— Esta é a estratégia traçada desde o início, aliás, esta é a forma da Angela fazer campanha — diz um assessor.

Ideli Salvatti (PT)

No comitê do PT, a ordem é seguir colando a imagem de Ideli à do presidente Lula e de Dilma Rousseff. Para o coordenador da campanha, José Fritsch, o programa de televisão começou há uma semana, e depois que Dilma veio ao Estado sente uma maior receptividade ao projeto do PT.

Na avaliação de Fritsch, agora, que Dilma aparece encostada em José Serra (PSDB) nas pesquisas em Santa Catarina, é uma questão de tempo para que este resultado se reflita também em Ideli.

— Na última pesquisa espontânea ela já cresceu bastante. Agora, precisamos ter paciência, sem ações ousadas — destaca Fritsch.

Nos programas eleitorais, Ideli continuará vinculando sua imagem às realizações do governo Lula e apresentará propostas e problemas do Estado. O comitê petista aposta ainda, na presença do presidente e de Dilma em Santa Catarina. Nos próximos dias devem ser confirmadas as datas das próximas visitas.

— Temos uma estratégia muito clara e vamos continuar trabalhando na mesma direção. Não vamos mudar o programa e nem mudar a coordenação — garante Fritsch.

Raimundo Colombo (DEM)

A novidade é a incorporação do secretário de Comunicação Derly Massaud de Anunciação, que está em férias, à coordenação da campanha. Trazendo no currículo as duas campanhas vitoriosas de Luiz Henrique da Silveira (PMDB) ao governo, Derly deve atuar na parte logística.

Nos bastidores, ele teria considerado tímida a presença de material de campanha da majoritária. O coordenador de campanha, Antônio Ceron, diz que a partir desta terça-feira começam a chegar aos municípios 30 mil placas da majoritária e será acentuada a distribuição de adesivos, bandeiras, banners e santinhos.

— Se olhar o Estado, a maior presença de publicidade é da proporcional. A partir de 1º de setembro, a campanha ao governo será feita de maneira mais ostensiva. Isso já estava planejado desde o início — diz.

Com o material nas ruas, a coordenação pretende colocar o exército da polialiança para marchar.

— É natural que a campanha vá esquentando aos poucos. Há um mês quase ninguém falava em campanha, e temos certeza que vamos reverter este quadro quando nosso exército ganhar as ruas — destaca Ceron.

 

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