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Eleições  | 20/08/2010 06h11min

Candidatos a governador contam com força dos aliados políticos em Santa Catarina

Prefeitos, vice-prefeitos e vereadores foram acionados para aquecer a campanha

Mayara Rinaldi  |  mayara.rinaldi@diario.com.br

Os exércitos dos candidatos ao governo de Santa Catarina estão nas ruas, prontos para a batalha eleitoral. Prefeitos, vice-prefeitos e vereadores de cada partido foram acionados para aquecer a campanha em suas cidades.

Em números, a coligação As Pessoas em Primeiro Lugar (DEM-PSDB-PMDB-PPSPTB-PSC-PTC-PSL-PRP) vence a briga com maior quantidade de militantes. Apesar de Raimundo Colombo (DEM) estar em segundo lugar nas pesquisas, seu coordenador de campanha, Antonio Ceron, garante que não perde um minuto de sono com esse resultado.

A coligação promoveu no início da semana um grande evento com os prefeitos para mobilizar a militância. No próximo dia 25, a reunião será com os vereadores.

Um dos principais desafios da candidatura do Democratas é colocar a campanha nas ruas. Somadas as nove legendas, Colombo tem 198 prefeitos, 195 vices e 1.724 vereadores à sua disposição.

Pelo Estado, as alianças regionais divergem com a coligação estadual, e isso pode significar "baixas" de combatentes. Há municípios em que o PSDB é aliado do PP, por exemplo. Nestes casos, o prefeito tucano pode sentir-se constrangido de fazer uma campanha aberta para a coligação do DEM e causar um problema local.

Há situações ainda mais delicadas, como na cidade de Criciúma. O prefeito Clésio Salvaro (PSDB) tem divergências históricas com o DEM e é adversário político de Eduardo Pinho Moreira (PMDB), vice de Colombo. Salvaro já declarou que não fará campanha para o demista.

O segundo maior exército de lideranças, da coligação Aliança com Santa Catarina (PP/PDT), é três vezes menor que o primeiro. Angela Amin (PP) conta com 57 prefeituras e já tem uma baixa em Correia Pinto, na Serra, onde o prefeito Vanio Forster (PDT) afirma que vai votar em Colombo.

Para o coordenador de campanha de Angela, Edson Caporal, o mais importante é que a militância como um todo, e não apenas as lideranças eleitas, está muito afinada para trabalhar pela candidata.

Ideli Salvatti (PT), da coligação A Favor de Santa Catarina (PT-PR-PSB-PC do B-PRB-PHS-PSDCPRTB-PPL), tem o menor exército. São 38 prefeitos, 39 vices e 350 vereadores. O presidente do PT-SC e coordenador de campanha, José Fritsch, avalia que o papel das lideranças é fundamental.

Para o professor universitário e mestre em sociologia política, Eduardo Guerini, a infidelidade partidária gera infidelidade do eleitor:

— A cabeça do eleitor funciona mais ou menos assim: os problemas do municípios não são os mesmos que são enfrentados pelo Estado e, por isso, um prefeito pedindo votos para governador pode não surtir o efeito esperado de transferência dos votos — explica.

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