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Política  | 18/08/2010 16h12min

Raimundo Colombo critica obras do governo federal e promete investir em saúde

Candidato participou de entrevista no Jornal do Almoço, da RBS TV, nesta quarta-feira

Upiara Boschi  |  upiara.boschi@diario.com.br

Com fortes críticas a obras do governo federal em Santa Catarina e a promessa de priorizar os investimentos em saúde, Raimundo Colombo (DEM) foi o terceiro candidato ao governo do Estado entrevistado pelo Jornal do Almoço, da RBS TV, nesta quarta-feira.

Na entrevista, conduzida pelo colunista Moacir Pereira, o candidato prometeu criar policlínicas para cada 100 mil habitantes e tocar a duplicação da BR-470 com recursos estaduais.

O senador respondeu às críticas de que teria tido uma passagem apagada pelo Senado. Destacou o trabalho para trazer recursos na época das enchentes e ter assumido a função de líder da oposição:

— Eu fui o senador que mais apresentou projetos e 70% foram considerados pela Transparência Brasil como relevantes. Então acho que conseguimos fazer um bom trabalho.

Questionado sobre os problemas da saúde, como as filas nas emergências dos hospitais públicos, Colombo disse que o atual governo avançou na área, mas que muito deve ser feito.

— Há muitas obras em andamento, houve muito investimento. Melhorou muito, mas precisa fazer mais — completa o candidato.

Hospitais filantrópicos

Disse ainda que se eleito vai apoiar os hospitais filantrópicos e criticou o governo federal:

— Como o SUS paga muito mal, os hospitais vivem em colapso e o Estado tem socorrido.

Ele defendeu a instalação de policlínicas especializadas para desafogar os hospitais públicos:

— Temos que criar um modelo de policlínicas, que aqui em Florianópolis está funcionando muito bem, em São Paulo também. A cada 100 mil habitantes nós temos que ter a policlínica, porque ela vai qualificar o serviço. Vai dar através do especialista a condição de atendimento. Está é uma prioridade para mim.

Descentralização

Sobre a descentralização administrativa, Colombo disse que quer levar para as regionais o poder de decisão sobre a aplicação dos recursos do orçamento. Ao falar sobre a duplicação da BR-470, criticou mais uma vez o governo federal. Disse ter cobrado a obra como senador.

— Quem tinha que fazer era o governo do PT, que não fez, não iniciou e agora diz que vai fazer, mas está terminando o governo — critica o candidato.

Colombo disse que conversou com o presidenciável José Serra (PSDB) e acertou que se o tucano for eleito a responsabilidade da obra vai passar para o governo estadual:

— Essa obra custa alguma coisa em torno de R$ 1 bilhão. É muito dinheiro, mas se colocar em um cronograma de 50 meses, é R$ 20 milhões por mês. É possível fazer e é urgente que se faça. E esse gargalo compromete o desenvolvimento futuro de Santa Catarina. É uma prioridade absoluta e uma irresponsabilidade do governo federal não ter feito essa obra aqui, assim como a BR 101 Sul.

Confira a entrevista de Colombo no Jornal do Almoço:



Projetos inovadores

O candidato apontou como dois projetos inovadores para o governo o "Juro Zero" e a meritocracia. O primeiro, seria um programa de apoio aos pequenos empresários.

— Todo financiamento do pequeno empresário, o Estado assumir a responsabilidade do juro. Eu fiz isso na Prefeitura de Lages e foi um sucesso absoluto — afirma Colombo.

A meritocracia seria uma forma de valorizar e motivar os servidores públicos. Citou ainda a criação de escolas técnicas. Colombo prometeu profissionalizar a área de segurança pública:

— Colocar alguém muito conhecedor da área, dar poder político a ele, para ele fazer o trabalho que a gente sabe qual é.

O candidato minimizou a decisão do governador Leonel Pavan (PSDB) de permanecer neutro no primeiro turno, embora o partido tucano faça parte da coligação.

— Ele fez a opção de governar, de ficar distante da campanha, e eu concordo com ele. Acho que o governo não tem que se envolver na campanha — afirma Colombo.

 

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