Concorrer ao governo de Santa Catarina é entrar em uma maratona de debates. Até o momento, em 40 dias de campanha, foram seis encontros. Nas próximas seis semanas, estão previstos pelo menos outros 19.

Com tantos convites, as assessorias precisam de ginástica para encaixar os pedidos na agenda. Angela Amin (PP) recebeu 24 convites, participou de seis e já confirmou presença em 16. Segundo o assessor que organiza a agenda da candidata, Bonifácio Thiesen, a orientação da pepista foi aceitar o máximo de convites, desde que não batam com os compromissos da campanha.

Além dos debates em veículos de comunicação, Thiesen destaca a importância dos eventos de entidades de classe, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SC), em que, geralmente, os candidatos recebem sugestões para o plano de governo.

Ideli Salvatti (PT) foi convidada para 25 debates, já participou de 6 e confirmou presença em outros 9. Na avaliação do presidente do PT-SC, José Fritsch, os debates ainda estão "mornos" porque a campanha está começando. Além de permitir a discussão de ideias, o petista considera esses eventos importantes para a estratégia de campanha:

— Pelo debate, começamos a conhecer melhor as estratégias dos outros candidatos e isso também influencia na nossa campanha.

Raimundo Colombo (DEM) esteve em cinco dos seis debates. Para o coordenador de campanha, Antonio Ceron (DEM), é difícil conciliar todos os convites com os compromissos da agenda. As prioridades são para eventos da TV aberta e rádios que pertençam a cadeias regionais.

Só os de partidos com representação na Câmara têm participação assegurada na TV. Em SC, Amadeu Hercílio (PCB) e Gilmar Salgado (PSTU) não atendem ao critério. Carmelito Smieguel (PMN) teve nove convites; Valmir Martins (PSOL), 14, e Rogério Novaes (PV), seis.