A participação do vereador Geraldo Pereira (PMDB) em um curso em Recife (PE) e os passeios feitos por ele, mulher, filha e uma assessora na Praia de Porto de Galinhas são alvo de investigação de duas comissões, uma administrativa e outra política, instauradas pela Câmara de Vereadores de Tubarão, no Sul de Santa Catarina.

O presidente do Legislativo, João Batista de Andrade (PSDB), abriu uma sindicância e nomeou três servidores da Casa para investigar se a viagem do vereador e da assessora Cynara Guimarães Antunes foi feita para o curso ou se os dois, acompanhados da mulher e filha de Geraldo Pereira, fizeram turismo bancado pelo dinheiro público.

Denúncias

No campo político, a Câmara abriu uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) que vai apurar e emitir um relatório sobre as denúncias exibidas no último domingo no Fantástico. Essa comissão é formada pelos vereadores Albertina Terezinha Carvalho (PSDB), Edson José Firmino (PDT) e Dionísio Bressan Lemos (PP). 

— Precisamos cobrar explicações e dar o direito da defesa ao acusado. Mas, mais do que tudo, devemos mudar muita coisa no futuro. Essas viagens não podem ser autorizadas de qualquer jeito para qualquer vereador. É preciso ter critérios definidos e não favorecer um ou outro. Isso também só aconteceu porque a câmara tem dinheiro sobrando, pois se fosse o contrário as coisas seriam melhor controladas — diz Bressan, que ficou com a função de relator da comissão.

Geraldo Pereira não compareceu à sessão. A bancada do PMDB preferiu não indicar representantes à comissão de investigação como forma de manter o processo transparente e livre de especulações por conta de haver um representante do mesmo partido do vereador acusado.

Confira a reportagem da RBS TV sobre o caso: