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Eleições  | 05/08/2010 11h44min

Vice-procuradora diz que é cedo para saber se Lei da Ficha Limpa vai dar certo

Para Sandra Cureau, o projeto tem força por ter surgido de iniciativa popular

A vice-procuradora-geral eleitoral, Sandra Cureau, afirmou que ainda é cedo para avaliar se a Lei da Ficha Limpa vai funcionar no Brasil. Ela disse, entretanto, que, por se tratar de um texto oriundo de iniciativa popular, o não cumprimento pode provocar uma frustração generalizada no país.

— A iniciativa popular pode muito, pode colocar o legislador contra a parede e fazer leis que talvez ele não fizesse se não fosse o apelo da população — afirmou Sandra em entrevista ao programa 3 a 1, da TV Brasil, que foi ao ar nesta quarta-feira.

A lei veta a candidatura de quem foi condenado em decisão colegiada (tomada por mais de um juiz) por crimes contra a administração pública, o sistema financeiro, ilícitos eleitorais, de abuso de autoridade, prática de lavagem de dinheiro, tráfico de drogas, tortura, racismo, trabalho escravo ou formação de quadrilha.

A vice-procuradora lembrou que o texto transfere para o Ministério Público e para o Poder Judiciário o exame da vida pregressa de cada candidato. Isso, segundo ela, "tira das costas do eleitor" uma tarefa que ele não pode realizar por não ter informações.

— Nenhum candidato anda com uma placa pendurada dizendo o que andou fazendo antes de se candidatar — explicou.

Para Sandra, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Ricardo Lewandowski, foi "muito feliz" ao afirmar que os candidatos que decidem concorrer mesmo com ficha suja estão "por sua conta e risco".

Mas, ao considerar os mais de 3 mil pedidos de impugnação registrados no país até o momento, ela não descartou a possibilidade de que liminares e outros meios processuais permitam a permanência desses candidatos no pleito deste ano.

AGÊNCIA BRASIL
 

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