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Eleições  | 04/08/2010 09h39min

Programa de Dilma exclui pontos polêmicos na 3ª versão

Objetivo do Palácio do Planalto é desidratar a polêmica para não criar embaraços à candidata

O comitê da campanha da presidenciável Dilma Rousseff limou do programa de governo propostas polêmicas aprovadas pelo 4º Congresso do PT, em fevereiro, como o controle social dos meios de comunicação, a taxação de grandes fortunas e a defesa de audiência prévia para reintegração de áreas invadidas por sem-terra.

A ordem do Palácio do Planalto foi desidratar a polêmica para não criar embaraços a Dilma no confronto com o candidato do PSDB, José Serra, e, mais do que isso, não alimentar a imagem de que eventual vitória da petista representaria uma guinada à esquerda.

Sob o slogan "Para o Brasil seguir mudando" - que batiza a coligação formada por dez partidos -, a plataforma de Dilma dará ênfase apenas à continuidade do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Disposta a retirar do texto qualquer vestígio de controvérsia, a equipe vai destacar, nos 13 compromissos do programa, que um novo governo comandado pelo PT preservará o equilíbrio fiscal, o controle da inflação e o câmbio flutuante.

— É o tripé que está dando certo e em time que está ganhando não se mexe. Para nós, a estabilidade é uma premissa. Ninguém precisa se assustar — resumiu o presidente do PT, José Eduardo Dutra.

Dilma se diz preparada para primeiro debate presidencial

Dilma disse que está preparada para o primeiro debate na televisão. A candidata afirmou que vai apresentar suas propostas no debate e que não cederá a provocações.

O debate será promovido pela TV Bandeirantes, às 22h desta quinta-feira. Já confirmaram presença, além de Dilma, José Serra (PSDB), Marina Silva (PV) e Plinio Sampaio (P-SOL).

— Vocês acreditam que o debate é um torneio de provocações? Eu não — indagou aos jornalistas, em entrevista coletiva nesta quarta-feira, em Brasília.

— Há uma diferença entre dizer e fazer. Por isso, eu não acho que a gente possa considerar que um debate é um torneio de provocações — argumentou.

— No meu dia a dia de campanha eu estou sempre procurando estudar mais e não é só para a campanha não. É porque eu acredito que para você governar bem, precisa ter um conhecimento profundo da realidade do país, da situação das diferentes regiões.

AGÊNCIA ESTADO E AGÊNCIA BRASIL
 

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