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Eleições  | 12/07/2010 17h43min

Candidatos ao governo de SC escolheram a dedo quem cuidará das finanças da campanha

Custos dos partidos no Estado deve chegar a R$ 36 milhões

CRISTINA VIEIRA  |  cristina.vieira@diario.com.br

Somadas as três principais candidaturas ao governo do Estado, o custo da campanha eleitoral será de R$ 36 milhões. Três homens são responsáveis por arrecadar, administrar e prestar contas deste alto volume de recursos, que entraram nas contas bancárias de campanha dos seus candidatos.

Edson Caporal (PP), Claudinei Nascimento (PT) e José Carlos Oneda (DEM) são os tesoureiros, respectivamente, de Angela Amin, Ideli Salvatti e Raimundo Colombo.

Os três têm em comum a confiança irrestrita de seus candidatos, quem os conhece há pelo menos 15 anos. Foram escolhidos a dedo, pessoalmente, por Angela, Colombo e Ideli.

— Qualquer erro de arrecadação pode comprometer a candidatura e até o mandato — afirma Edson Caporal, que foi secretário de Planejamento de Angela Amin, quando ela era prefeita de Florianópolis.

A função, antes cobiçada, tornou-se ingrata nos últimos tempos, depois de uma série de denúncias de corrupção envolvendo tesoureiros. A lei eleitoral tornou as doações mais controladas, com identificação de todos os doadores e obrigatoriedade dos bancos fornecerem à Justiça Eleitoral os recibos bancários.

Não é à toa que Caporal, Claudinei e Oneda mostraram-se ressabiados nesta entrevista. Ao serem perguntados sobre que tipo de restrição fariam para arrecadação, limitaram-se a citar, em frases curtas, as imposições previstas em lei.

Estratégia

Os três também foram simplistas ao dizer que não há estratégia para conseguir os recursos, com empresas ou pessoas físicas. Doa quem simpatiza com o projeto do candidato.

Oneda pretende arrecadar os R$ 20 milhões previstos para a campanha de Colombo. Do total, 60% serão consumidos com produção de material gráfico e propaganda de rádio e TV, o mais caro entre os custos de campanha. Colombo é o candidato com mais tempo de propaganda, sete minutos.

Claudinei chegou ao teto de R$ 5 milhões, levando em conta o custo da campanha petista ao governo na última eleição, em 2006.

— Foram R$ 2,7 milhões. Projetamos o dobro. É o que devemos gastar — afirmou.

Caporal acredita que a arrecadação de Angela não chegue aos R$ 11 milhões declarados ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Com exceção de Claudinei que afirma ter boa expectativa com a arrecadação pela internet — uma novidade desta campanha — Caporal e Oneda disseram que ainda não sabem o que esperar desta nova modalidade. Pela internet, será possível doar com cartão de crédito.

 

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