Propostas genéricas, que trazem apenas as linhas básicas sobre o tipo de governo, sem dizer como nem quando se alcançam os objetivos. Essa é a característica principal dos programas de governo apresentados pelos principais candidatos — Angela Amin (PP), Ideli Salvatti (PT) e Raimundo Colombo (DEM) — no momento do registro das candidaturas, segunda-feira, ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SC).

A eleição deste ano obrigou os candidatos a apresentar as propostas defendidas para a gestão, no ato do registro. As três coligações destacaram que o documento entregue ao TRE não é o plano, mas um resumo da papelada. Seriam diretrizes que, mais tarde, serão detalhadas durante a campanha.

O objetivo da lei eleitoral ao pedir as "propostas defendidas" (termo usado na legislação) é colocá-las no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como mais uma ferramenta para o eleitor conhecer os candidatos. De acordo com o TRE, não há uma orientação sobre o conteúdo do material, nem tamanho ideal.

O candidato do governo, Raimundo Colombo, mantém tom de continuidade e ampliação da gestão Luiz Henrique da Silveira (PMDB), aliado na campanha.

Descentralização

Sobre a descentralização, marca do governo LHS, Colombo promete fazer "ajustes", com maior distribuição orçamentária e mais parceria com as prefeituras.

Logo no início, Ideli afirma que é necessário realizar "três grandes ações" para que o programa de governo seja alcançado: fortalecimento das regiões, priorização do atendimento às pessoas e modernização, com tecnologia e avanços da ciência.

Compromisso é a palavra que define o documento de Angela Amin. Após uma breve apresentação do tipo de gestão que quer fazer, onde Angela destaca modernização e "expansão da qualidade de vida da gente catarinense", seguem-se 13 páginas em que a candidata lista os compromissos a serem cumpridos num eventual governo, a partir do ano que vem.

Dívidas e meio ambiente

O programa do PSTU, do candidato Gilmar Salgado, tem abrangência nacional. Defende a estatização das multinacionais e reestatização das que foram privatizadas, o não-pagamento de dívidas externa e interna e a estatização de bancos.

O PSOL, de Valmir Martins, entregou uma lista com 13 propostas. Entre elas, não permitir privatizar a Celesc, a Casan, revogar o Código Ambiental catarinense e um plano de habitação popular.

O candidato do PV, Rogério Novaes, afirma que o meio ambiente é a questão chave do plano e que saúde e infraestrutura são temas que devem ter prioridade no plano.

O PV levou o material em papel, mas o TRE pede que seja entregue em formato digital. O PV está refazendo o documento. Essa foi a explicação do partido para não disponibilizar o documento ao DC.