A ameaça de intervenção da cúpula nacional do PMDB no diretório estadual não foi vista como algo totalmente negativo pelo deputado estadual Edison Andino. Ele  disputará a indicação de candidato ao governo de Santa Catarina na convenção estadual, marcada para sábado.

Nesta quarta-feira, o político afirmou, em entrevista a rádio CBN/Diário, que sempre discordou da intervenção, mas que ela teve um lado positivo:

— Foi um mal que veio para o bem porque, agora, vamos ter candidato a governador.

A ameaça de intervenção foi provocada pela desistência de Eduardo Pinho Moreira à candidatura para apoiar Raimundo Colombo (DEM). Andrino defende que o desentendimento com a cúpula nacional poderia a ter sido evitada se o PMDB tivesse mantido a tradição de sempre ter o seu candidato ao governo em Santa Catarina.

O deputado também relembrou a decisão tomada nas prévias do partido:

— Decidimos pela candidatura, mas o pré-candidato (Pinho Moreira) acabou retirando a sua e já saiu apoiando outro candidato sem ouvir o próprio partido.

Brasília

Na terça-feira, pressionado pela executiva nacional, o comando do PMDB em Santa Catarina recuou e decidiu desembarcar do palanque de Raimundo Colombo (DEM). No encontro, em Brasília, também foram sugeridos os nomes do deputado Mauro Mariani e do ex-governador Paulo Afonso como pré-candidatos à disputa pelo governo estadual.

— Coloquei meu nome porque ninguém queria disputar. Mas vamos conversar e ver qual o melhor candidato do partido — disse Edison.