O PMDB corre contra o tempo. O partido tenta buscar um entendimento para evitar a prévia no dia 27 de março, que dificultaria a reedição da tríplice aliança. Os dois pré-candidatos, Eduardo Pinho Moreira e Dário Berger, concordam que é necessário manter o diálogo, mas continuam com os nomes na disputa.

Pinho Moreira e Dário tiveram um novo encontro na manhã desta terça-feira. O local foi o mesmo da reunião de segunda-feira, o escritório do senador Neuto De Conto, mas desta vez a conversa ocorreu somente entre os dois.

Segundo Pinho Moreira, foi mais uma tentativa de buscar entendimento e para evitar dificuldades para o PMDB. Os dois pré-candidatos destacaram que o clima é de não agressão. Para Dário, ambos são companheiros de partido e quem apóia um, não rejeita o outro.

Mais tarde, o prefeito de Florianópolis participou do almoço da bancada do PMDB na Assembleia Legislativa. Novamente a prévia foi o prato principal, e a conversa girou em torno da definição de critérios para evitar a consulta ao partido.

Uma sugestão foi uma pesquisa, na próxima semana, que pudesse indicar para os peemedebistas qual candidato que teria mais condições de crescer durante o processo eleitoral. A leitura é que a prévia pode provocar fissuras internas e, inclusive, inviabilizar a continuação do projeto com o DEM e PSDB, que veem na prévia um sinal de que o PMDB não vai abrir mão da cabeça-de-chapa.

— Se existir um acordo é melhor para todos. Mas desistir da prévia é mais traumático do que fazer — pondera Dário.

Eduardo Pinho Moreira também concorda que, neste momento, é muito difícil voltar atrás:

— Estou convencido de que haverá prévia. Temos que manter a tranquilidade e ter maturidade, ou seja, quem perder deverá ter consciência que precisará trabalhar para quem ganhar, não pode puxar o freio de mão depois.