| 17/02/2010 00h40min
Pela primeira vez frente a frente depois dos desdobramentos da Operação Transparência e do anúncio da intenção de Dário Berger (PMDB) de concorrer ao governo de Santa Catarina, os quatro pré-candidatos da tríplice aliança — Berger, Raimundo Colombo (DEM), Eduardo Pinho Moreira (PMDB) e Leonel Pavan (PSDB) — encontram-se nesta quarta-feira com os prefeitos que representam os três partidos.
A iniciativa faz parte de uma série de encontros idealizada para unificar o discurso pela tríplice aliança e terá cinco encontros regionais, fechando com uma mobilização em Palhoça, no dia 31 de março. O encontro desta quarta-feira seria ainda uma manifestação de apoio ao vice-governador, denunciado pelo Ministério Público por corrupção passiva, advocacia administrativa e quebra de sigilo funcional.
Segundo o coordenador do grupo, Ronério Heiderscheidt (PMDB), de Palhoça, os prefeitos têm três objetivos: defender a tríplice aliança, ajudar a compor a chapa com melhor
viabilidade eleitoral e começar a
movimentar cerca de 200 prefeituras controladas pela aliança.
Heiderscheidt destaca que o encontro desta quarta será uma conversa para pregar a união, sem a pretensão de definir candidaturas. A reunião deve ocorrer a partir das 16h, na residência oficial do vice-governador Leonel Pavan, no bairro Itaguaçu, em Florianópolis.
Os pré-candidatos veem de forma positiva o encontro. Na visão de Colombo, o diálogo é muito importante neste momento. Leonel Pavan também destaca o discurso pela tríplice aliança, reforçando que o PSDB lutará pela sua manutenção "até o último minuto".
Um ponto que já causa ansiedade em algumas alas dos partidos é o calendário apertado. Faltando pouco mais de um mês para o prazo fatal para as desincompatibilizações e renúncias, cresce o apelo para que se acelerem as decisões.
Na semana passada, a bancada do DEM manifestou o interesse da tríplice em definir critérios para as candidaturas até 25 de março. A
principal preocupação do partido é com a situação do
prefeito de Chapecó, João Rodrigues, que precisa decidir se renuncia ou não ao cargo. Rodrigues já colocou o nome à disposição para concorrer ao Senado.
Outro que tem pressa é o prefeito de Florianópolis, Dário Berger, que também não gostaria de ter que renunciar sem ter certeza da candidatura.
— Precisamos de discussões mais objetivas depois do Carnaval, pois o tempo está se esgotando — declarou Dário Berger.
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