A imprensa chilena dá destaque nesta quinta-feira à vitória da Universidad de Chile sobre o Inter por 1 a 0, pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana. Com manchetes eufóricas, os jornais registram a eliminação do time gaúcho. O Triunfo, suplemento esportivo do La Nación, faz até uma pequena provocação em seu título: "La U sim que é Internacional".

O texto destaca a participação do atacante uruguaio Olivera, que era dúvida até a hora da partida, e marcou o gol da classificação. E afirma que o time chileno dominou amplamente a partida até os 30 minutos do segundo tempo, quando a torcida gritava olé e o Inter "não honrava o futebol do país do samba". No fim do jogo, porém, o time gaúcho, liderado por Guiñazu, levou os donos da casa ao desespero, admite o jornal. Ainda que mais pela vontade do que pelo futebol.

Já o La Hora destaca em sua capa a "garra charrua e azul", em referência ao gol do uruguaio. Nas páginas internas, o título afirma que La U despachou o campeão da Copa Sul-Americana.

O texto conta que a estratégia de duas linhas de quatro do técnico José Basualdo fez efeito, empurrando o Inter para o seu próprio gol. Os brasileiros ainda levaram perigo no segundo tempo, com Taison e Guiñazu, mas o time chileno manteve a solidez defensiva. O La Hora lembra ainda que 1996 foi o último ano em que La U alcançou as quartas de final de um torneio internacional.

Já o Las Ultimas Noticias lembra que o time conseguiu uma classificação em que ninguém apostava antes do primeiro jogo contra o atual campeão do torneio. Sob o título "La U se empapa de garra charrua para sonhar alto", o texto destaca os pilares da classificação: o atacante Olivera e o zagueiro Victorino. Em uma nota à parte, o jornal lembra que não era a noite de Sorondo, zagueiro do Inter que sofreu várias pancadas durante a partida, incluindo um chute na cabeça, quando estava no chão.

O El Mercurio diz que a Universidad de Chile fez história na noite de quarta, com uma vitória "justa e merecida". O La Tercera afirma que, depois de um começo nervoso, foram os azuis que tomaram "pleno controle" das ações na partida.