| 01/05/2009 11h40min
Túlio, 34 anos, novo reforço do Grêmio, chegou ao Parque São Jorge no começo do ano prometendo encerrar a carreira no Corinthians. Assinou contrato até dezembro de 2010 certo da titularidade absoluta. Ficou na reserva o tempo todo. Mas como, se no Botafogo era considerado um dos melhores volantes do país? Vou explicar.
A primeira razão é a ótima fase de Cristian. O ex-jogador do Flamengo é considerado um dos mais regulares do técnico Mano Menezes. Regularidade em alto nível, com direito ao golaço de fora da área que decretou a virada de 2 a 1 sobre o São Paulo, colocando o Corinthians na final do Campeonato Paulista.
O outro obstáculo teve interesses empresariais no meio. Elias, segundo volante no 4-4-2 do Corinthians, tem 80%
de seus direitos federativos ligados a empresa Traffic, a mesma que gerencia o futebol do Palmeiras. Houve pressão para que ele engrenasse, na esperança de ser negociado na janela de transferências internacionais, em agosto.
Verdade que Elias não foi mal ao ponto de ter sua escalação garantida apenas por isso. Mas a ligação com a Traffic ajudou — no mínimo como um projeto estratégico do clube, digamos. Hoje, Elias soma ótimas atuações. Pode-se dizer que a dupla de volantes Cristian/Elias virou o esteio do Corinthians. Também causou estranheza a forma passiva como Túlio aceitou a reserva.
Assim, aos poucos, o novo reforço do Grêmio foi perdendo espaço. O certo é que o Túlio contratado pelo Grêmio é o do Botafogo, e não o do Corinthians.
Leia os textos anteriores da coluna No
Ataque.
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