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 | 23/04/2009 16h09min

Não esqueçam do São Paulo

Diogo Olivier, colunista online  |  diogo.olivier@zerohora.com.br













Todo começo de ano é a mesma história. O São Paulo não é mais aquele, perdeu a força, Muricy Ramalho encerrou o ciclo no Morumbi, o estilo de jogo é previsível, agora sim, aleluia, o clube mais rico do Brasil vai deixar de disputar títulos. Basta não ir à final do Paulistão no primeiro semestre para todos sentenciarem o fim do São Paulo. Nem o primeiro lugar no seu grupo da Libertadores o livrou da onda de desconfiança.

É um erro.

Toda vez que Muricy (foto: Gaspar Nóbrega, Vipcomm) tem tempo para treinar o time, ele ajeita a casa. Foi assim em 2006. A Copa da Alemanha impôs recesso de 38 dias no Brasil. Na volta, o clube que cobra R$ 1 milhão limpos por show no Morumbi e tem a Warner Bros. como licenciadora de seus produtos chegou à final da Libertadores. Perdeu para o Inter, é verdade — mas estava lá, decidindo.

Em 2007, o hiato foi de 14 dias em novembro, devido às Eliminatórias. Ao período de treinos seguiu-se o título brasileiro com quatro rodadas de antecipação. No ano passado, quando os jogos passaram a ser aos domingos, o São Paulo emplacou 11 vitórias em 14 jogos, tirou a vantagem de 11 pontos do Grêmio e foi campeão com 75 pontos, três à frente do time de Celso Roth. Um espanto.

Agora, eliminado pelo Corinthians na semifinal do Paulistão, Muricy terá 13 dias só de treinos. A próxima partida é dia 6 de maio, na largada das oitavas-de-final da Libertadores. Você se arriscaria a duvidar da capacidade de recuperação do clube mais organizado e bem gerido do país?

Eu, não.

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