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 | 30/01/2009 10h06min

Liminar mantém prefeito reeleito de Maracajá no cargo e suspende nova eleição no município

Antônio Carlos de Oliveira (PP) e o vice Anibal Brambila (PSDB) são acusados de comprar votos

Uma liminar concedida pelo juiz eleitoral Guilherme Schattschneider, do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC), na tarde de quinta-feira, manteve Antônio Carlos de Oliveira (PP) no cargo de prefeito de Maracajá, no Sul.

Com a decisão, Oliveira e o vice Anibal Brambila (PSDB) ficam no cargo até o julgamento do recurso de defesa no processo que determinou a cassação dos diplomas deles em virtude da suposta compra de votos.

A medida judicial suspendeu o processo para a realização de uma nova eleição no município.

O candidato da coligação Unidos para Continuar (PR/PP/PPS/PSDB) foi reeleito por uma diferença de 45 votos.

Entenda o caso

Oliveira e Brambila tiveram os diplomas cassados no dia 22 de janeiro, em sentença proferida pelo juiz eleitoral Felippi Ambrósio, que determinou ainda a realização de uma nova eleição. Eles também foram condenados à multa individual de R$ 10 mil.

O magistrado explicou na sentença que, de acordo com as provas dos autos, em duas ocasiões ocorreu ilegalidade por parte dos então candidatos pela coligação Unidos para Continuar.

Na primeira situação, segundo a Justiça, Garibaldi teria oferecido R$ 700 ao eleitor Joelson Gomes. Segundo Gomes, o candidato se ofereceu para pagar a conta de cartão de crédito em troca de apoio à coligação.

No dia, entregou R$ 300. Dias após, Gomes gravou a ligação telefônica na qual foi combinada a entrega do restante. A perícia realizada pelo setor técnico da Polícia Federal não indicou a existência de montagem ou fraude nas gravações.

O candidato à reeleição Antônio Carlos de Oliveira teria prometido vantagens em troca de votos a Lealtino Luiz Sotana e Joelton Gonçalves da Silva. Sotana disse que o candidato quitaria dívidas vencidas de sua borracharia com o município, no valor de R$ 7,5 mil.

Na conversa, que foi filmada pelo eleitor, o candidato sugere a elaboração de expediente para a quitação. Já Joelton Gonçalves da Silva, que também estava na borracharia no dia da visita do candidato, disse que o prefeito fez o pedido de voto e lhe deu R$ 50 para que colocasse gasolina.

Contraponto

O prefeito reeleito de Maracajá, Antônio Carlos de Oliveira, o Cacaio, defendeu-se negando a prática dos crimes citados no processo. Ele diz que as provas são artificiais.

DIARIO.COM.BR
 

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