| 25/01/2009 20h55min
O prefeito reeleito de Maracajá, Antônio Carlos de Oliveira, e o vice-prefeito, Aníbal Brambila — o Garibaldi — tiveram seus diplomas cassados em virtude de compra de votos.
A decisão foi publicada na quinta-feira em sentença proferida pelo juiz eleitoral da 1ª Zona, Felippi Ambrósio. Ela também condena os dois à multa individual de R$ 10 mil.
O magistrado explicou na sentença que, de acordo com as provas dos autos, em duas ocasiões ocorreu ilegalidade por parte dos então candidatos pela coligação Unidos para Continuar (PR/PP/PPS/PSDB).
Na primeira situação, segundo a Justiça, Garibaldi teria oferecido R$ 700 ao eleitor Joelson Gomes. Segundo Gomes, o candidato se ofereceu para pagar a conta de cartão de crédito em troca de apoio à coligação. No dia, entregou R$ 300. Dias após, Gomes gravou a ligação telefônica na qual foi combinada a entrega do restante. A perícia realizada pelo setor técnico da Polícia Federal não indicou a existência de montagem
ou fraude nas gravações.
O
candidato à reeleição Antônio Carlos de Oliveira teria prometido vantagens em troca de votos a Lealtino Luiz Sotana e Joelton Gonçalves da Silva. Sotana disse que o candidato quitaria dívidas vencidas de sua borracharia com o município, no valor de R$ 7,5 mil. Na conversa, que foi filmada pelo eleitor, o candidato sugere a elaboração de expediente para a quitação.
Já Joelton Gonçalves da Silva, que também estava na borracharia no dia da visita do candidato, disse que o prefeito fez o pedido de voto e lhe deu R$ 50 para que colocasse gasolina.
O que diz o prefeito
O prefeito reeleito de Maracajá, Antônio Carlos de Oliveira, o Cacaio, explica que houve uma condenação em primeira instância, mas que vai recorrer da decisão.
— Esperamos reverter a decisão porque estamos conscientes de que não cometemos nenhum crime. As provas foram produzidas e são artificiais. Estamos bastante tranquilos. O maior
prejudicado é a população porque isso nos deixa meio engessados,
sem a possibilidade de fazer um planejamento a médio e longo prazo, já que não sabemos se continuamos ou não à frente do município.
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