Geral | 16/10/2012 22h40min
A crescente intolerância de governos autoritários e a violência contra jornalistas são as principais ameaças à imprensa, de acordo com as conclusões da Comissão de Liberdade de Imprensa e Informação. Representantes de vários países das Américas se reuniram nesta terça-feira, último dia da 68ª Assembleia Geral da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), em São Paulo.
Na reunião também foram aprovados todos os relatórios apresentados no domingo com a situação de cada país participante. O fato de a Justiça brasileira decidir contra veículos para proibir a publicação de determinadas informações foi destaque entre as conclusões do evento.
Os governos de Argentina, Equador e Venezuela foram criticados no relatório por buscarem silenciar o jornalismo independente a partir de leis regulatórias e por utilizarem a mídia para difamar jornalistas. A morte de 13 repórteres nos últimos seis meses no México, em Honduras, no Brasil e no Equador constam como alerta.
A presidente argentina Cristina Kirchner recebeu críticas por não conceder coletivas de imprensa e manter uma grande estrutura de comunicação estatal. A questão do Grupo Clarín, que pode ter expirada uma medida cautelar que garante o funcionamento de algumas de suas empresas, em dezembro, foi considerada um "capítulo obscuro" de ameaça à imprensa.
No último dia da assembleia também foi divulgado o nome do novo presidente da SIP. O equatoriano Jaime Mantilla assumiu a entidade depois de anos como membro do comitê executivo. Mantilla não pôde estar presente ao evento, mas falou por videoconferência. Ele aproveitou para criticar a decisão do governo do Equador de conceder asilo político a Julian Assange, fundador do Wikileaks.
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