Esportes | 25/10/2011 19h12min
O assunto Ronaldinho surgiu como um bálsamo para Celso Roth. Muito por causa do camisa 10 flamenguista, nada se falou do caso Miralles e pouco foi discutido sobre o empate com o lanterna América-MG, no sábado. Numa descontraída entrevista coletiva na tarde desta terça-feira, Roth lembrou com um indisfarçável sorriso os tempos em que a jovem promessa estava sob seu comando no Grêmio, em 1998, 1999 e 2000.
Aliás, nada de Ronaldinho, nada de Gaúcho. Para Roth, é apenas Ronaldo. Assim, com intimidade, o técnico não poupou elogios ao meia, adversário deste domingo no Olímpico. Ainda conseguiu sair "imparcial" da polêmica do jogador com a torcida tricolor. Vê as prováveis manifestações que virão da arquibancada como algo natural.
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Segundo Roth, essa atmosfera de tensão não chega ao vestiário. Analisa o desafio do fim de semana como um jogo muito além do trauma formado entre o jogador e a torcida nas suas polêmicas transferências para o PSG, em 2001, e Flamengo, neste ano. Mesmo na distante nona colocação, a sete pontos do G-5, o técnico afirma que o jogo tem “clima de decisão” para o Grêmio.
— Para o Grêmio, também tem clima de decisão, é um clássico. Não vamos mudar a situação por essas questões externas (protesto da torcida). Não temos ideia de revanche com relação ao Ronaldo. O importante é que o torcedor venha nos ajudar, torcer, nos empurrar, nós precisamos do torcedor. Agora, se vai fazer um manifesto, dentro dos limites, me parece normal — ponderou.
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O país inteiro já enxergava o então jovem Ronaldinho como craque. Roth, no entanto, fazia restrições ao jogador, de quem cobrava mais marcação. Nas partidas, sua opção era pelo discreto Itaqui. Ronaldinho só seria fixado como titular pelo técnico em abril de 1999, após boa participação no jogo decisivo da Copa Sul, contra o Paraná, em Curitiba.
A despeito das questões fora dos gramados e do passado de desencontros (quadro acima), Roth só enxerga qualidades em Ronaldinho. Lembra que o treinou adolescente (após Sebastião Lazaroni guinchá-lo dos juniores) e, agora, ficará frente a frente a um experiente jogador de 30 anos, um “cidadão do mundo”, disse, em palavras elogiosas ao craque.
— Tive uma felicidade muito grande de participar desse processo (surgimento de Ronaldinho). Agora, fico feliz de ver que reencontrou o gosto de jogar futebol. Vai ser bom rever o Ronaldo.
Com mais um sorriso, entre tantos da tarde chuvosa de terça, Roth ressalva:
— Tenho boas lembranças dele. Mas, no jogo, espero que não vá tão bem.
Próximos jogos:
30/10 - 16h - Grêmio x Flamengo
05/11 - 19h - Atlético-MG x Grêmio
13/11 - 17h - Grêmio x Palmeiras
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