As modificações realizadas por Celso Roth no empate em 2 a 2 com o América-MG foram bastante criticadas pela imprensa e pela torcida, através das redes sociais na internet. Sem grandes opções no banco de reservas, o treinador colocou em campo na segunda etapa, do meio para a frente, Diego Clementino e Adilson.

O atacante argentino Miralles, que não tem nenhum problema físico, sequer foi relacionado para o confronto em Sete Lagoas. Apesar do atrito com a comissão técnica, Celso Roth garante que o argentino não está de castigo e espera que o jogador aproveite as próximas chances que tiver.

— Não existe castigo, o que existe é uma situação que estamos administrando. Ele é bom jogador e assim que se integrar em uma situação normal de treinamento, voltará a participar. Ele vem trabalhando e, quando tiver oportunidade, espero que aproveite — disse o treinador gremista.

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Um episódio verificado dia 4 de agosto, dentro do vestiário do Grêmio, pode estar na raiz da crise de relacionamento entre Celso Roth e Miralles, escancarada esta semana, quando, em dois dias de treinamento, o jogador não teve espaço nem no time reserva.

Era o primeiro dia do novo técnico, contratado para tirar o Grêmio das imediações da zona de rebaixamento do Brasileirão. Apresentado a Roth, o argentino perguntou se ele já o conhecia. As pessoas que convivem com o atacante juram que sua intenção era colaborar, esclarecendo ao treinador em qual função preferiria atuar. Roth, porém, não teria gostado da abordagem.

Seja qual for o motivo, o fato é que Miralles desfrutou de poucas chances com o técnico. Saiu de vez dos planos quando o time engatou uma sequência de vitórias jogando com três armadores. A justificativa oficial para o ostracismo vivido pela contratação mais cara do Grêmio em 2011 (US$ 2,3 milhões) é a falta de empenho nos treinos, versão respaldada pelo preparador físico Paulo Paixão.

No trabalho de 13 de outubro, dois dias antes da viagem a Santos, Miralles sentiu o joelho direito em dividida com um marcador. Apesar da dor forte, preferiu seguir treinando. Não queria passar a ideia de jogador frágil. O desconforto, contudo, prosseguiu no dia seguinte. A ponto de o jogador comunicar a Paixão que não se sentia em condições de realizar a última parte do treinamento físico.

O fato não repercutiu bem junto à comissão técnica. Interpretado como insubordinação, o gesto de Miralles rendeu ao argentino a exclusão até mesmo do banco de reservas na partida na Vila Belmiro.

Próximos jogos:
30/10 - 16h - Grêmio x Flamengo
05/11 - 19h - Atlético-MG x Grêmio
13/11 - 17h - Grêmio x Palmeiras

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