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Esportes  | 18/10/2011 07h10min

Jogar sem atacantes? Treinadores analisam o 4-6-0 utilizado pelo Inter

Apesar de Dorival descartar o esquema no início dos jogos, formação passa a ser a principal alternativa para enfrentar retrancas

Leandro Behs  |  leandro.behs@zerohora.com.br

A virada sobre o Avaí foi emblemática para o Inter da Era Dorival. A sofrida vitória sobre os catarinenses ocorreu quando a equipe já não tinha Jô, o seu único atacante em campo, e avançava com Guiñazu, Tinga, Oscar, João Paulo, Ilsinho e D'Alessandro, além dos laterais Nei e Kleber. Após os 4 a 2, o técnico Dorival Júnior descartou a utilização do esquema 4-6-0 para começar os jogos. Mas ela passa a ser a principal alternativa colorada para pressionar defesas fechadas.

Dorival já havia jogado sem atacantes e apenas com meias atacando diante do São Paulo, em Barueri. Naquela tarde, o jogo só acabou em 0 a 0 porque Fabrício e João Paulo perderam chances claras de gol. No domingo, o Inter precisou de seis minutos para marcar três gols.

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Para o ex-técnico Rubens Minelli, bicampeão nacional com o Inter, a equipe tem condições de adotar esse sistema tático enquanto Leandro Damião não estiver recuperado e em seu melhor ritmo de jogo.

— O Inter tem meias talentosos, que sabem atacar. O segredo para jogar assim é dar liberdade para que armadores e laterais ataquem, mas cobrar sacrifício deles para que defendam também. O Barcelona joga assim: todos atacam, todos defendem — comentou.

Geninho é outro técnico que apoia a decisão de Dorival, sobretudo neste período sem Damião. Acredita que, por características, os meias do Inter façam do 4-6-0 uma formação ideal para enfrentar times fechados. O técnico campeão brasileiro de 2001 entende que a saída de um homem de área "desencaixou" a marcação do Avaí.

— Dorival foi muito inteligente ao tirar Jô e atacar com os meias. D'Alessandro, Oscar e Ilsinho são quase atacantes. Abriram a defesa do Avaí, que estava toda na área, e começaram a bater a gol. Dorival encontrou uma grande solução contra um adversário que estava complicando — analisou o técnico.

Já Paulo Cezar Carpegiani, é mais cauteloso. Ainda que o ex-craque do Inter elogie os atuais armadores da equipe, ele acredita que o time só possa atuar sem atacantes em situações emergenciais:

— Gosto de especialistas nas funções. E o ataque precisa de especialistas. O Inter tem meias que chegam à frente e sabem fazer gols, mas, muitas vezes, ganhar sem atacante pode ser ilusório. E não uma solução definitiva.

Também por considerar o 4-6-0 uma emergência de segundo tempo, Dorival antecipou que Jô permanecerá no time contra o Corinthians, nesse domingo, no Beira-Rio.

Confira a íntegra da matéria na edição desta terça-feira em Zero Hora.

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