Esportes | 17/10/2011 21h40min
De reforço mais festejado da última janela, Ezequiel Miralles se transformou em problema no Olímpico. Uma reunião entre direção e seu empresário nesta terça-feira decidirá o seu futuro. Em cinco meses de Grêmio, Miralles teve poucas chances, marcou apenas um gol e entrou em atrito com Celso Roth.
Indicado por Renato Portaluppi, preterido por Julinho Camargo e praticamente descartado pelo atual técnico, o argentino tem contrato até junho de 2013. A direção gremista nega, no entanto, a intenção de se desfazer do atacante. Miralles veio do Colo-Colo em maio por pouco mais de 2 milhões de dólares.
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O último episódio de atrito entre Miralles e Roth aconteceu no domingo. Antes e depois da vitória sobre o Santos, atacante e técnico trocaram farpas pela imprensa. Mas essa desavença não foi a primeira entre ambos. Entre a expectativa pela vinda do jogador até o acúmulo de polêmicas, o clicEsportes relembra momentos de Miralles no Grêmio.
_Novela e disputa com SantosDuraram algumas semanas a negociação para a vinda de Miralles. Algoz do Santos na Libertadores, o argentino também havia despertado o interesse do clube paulista. Mas, no dia 21 de maio, o Grêmio anunciou o jogador. Indicado por Renato, Miralles fazia parte do pacote "cascudo" do técnico, que queria atletas mais experientes para o Brasileirão. Com ele, vieram Gilberto Silva e Marquinhos. Depois de ser recepcionado por cerca de 50 torcedores no Aeroporto Salgado Filho, Miralles foi apresentado e elogiou Renato.
— O treinador já sei que é o maior ídolo da história do Grêmio. E é bom ele estar aqui porque também foi atacante, como eu — declarou, em 31 de maio.
_Estreia promissoraVitimado por uma lesão muscular, Miralles demorou um mês para estrear. E entrou em campo justamente na partida que definiu a saída de Renato. O argentino ingressou no time aos sete minutos do segundo tempo, logo após o 2 a 0 do Avaí no Olímpico. Foram 43 minutos de muita movimentação em campo. Mas a chegada de Julinho barrou o crescimento de Miralles. O técnico se apoiou no esquema tática para justificar a reserva do argentino e a titularidade do garoto Leandro, 18 anos. Para lançar mão de seu 4-4-2, precisaria de um atacante veloz, capaz de percorrer grandes distâncias, sobretudo aberto pelos lados do campo. A decisão desagradou aos torcedores.
_Titularidade, gol e expulsãoDemorou um mês para a chance aparecer. No dia 27 de julho, finalmente Miralles ganhava uma oportunidade entre os titulares. Mas o que se viu em campo, no entanto, desanimou. O time apenas empatou com o fraco América-MG em casa. Miralles marcou um dos gols, é verdade, mas prejudicou o time ao ser expulso aos 25 minutos do segundo tempo.
_Roth cobra participaçãoAs dificuldades, no entanto, aumentaram para Miralles com a chegada de Celso Roth. Começou a viver seu inferno astral no jogo contra o Atlético-GO, dia 21 de agosto, no Serra Dourada. Substituído aos 33 minutos do segundo tempo, foi alvo de crítica de Fábio Rochemback. Foi para ele a advertência do capitão, ao reclamar que alguns jogadores não cumpriam dentro de campo os pedidos do treinador. Depois, Roth cobrou mais interesse do argentino.
— Eles não viajam por uma opção técnica. Opção técnica e falta de participação. Eles precisam melhorar em todos os sentidos para reconquistarem o espaço — disse o técnico, também mencionando Lúcio.
_Segunda chanceFora da concentração por duas rodadas, Miralles voltou a a ser relacionado pelo treinador para a partida diante do Bahia. Roth viu evolução durante o período do "castigo"do atacante.
— O Miralles teve uma mudança de comportamento, e aí existe a mudança de comportamento de quem? Do comando. É o jogador que se escala. Qualidade ele tem — comentou.
_Guerra declaradaA calmaria na relação Roth-Miralles durou pouco. Além de voltar a ficar fora do banco em alguns jogos, o argentino novamente sofreu críticas públicas do técnico. Em entrevista coletiva na última terça, Roth disse não enxergar o atacante.
— O grande detalhe é a participação dele em todos os treinamentos. Tem que ter uma participação melhor. Eu tenho que enxergar ele, às vezes não o enxergo. Ele está, mas não está. A gente fala isso para ele, e ele tem se esforçado para melhorar — comentou no dia 11 de outubro.
No domingo, antes de Santos x Grêmio, Miralles rompeu o silêncio e rebateu as críticas:"Assinei por três anos para fazer coisas boas para o Grêmio. Mas até agora não estão acontecendo. Tenho que tratar de ficar tranquilo até o final do ano. Na semana que vem vou conversar com a diretoria. Sem sequência e confiança fica muito difícil".
Após o jogo, o debate prosseguiu com Roth:"O Miralles precisa resolver o problema dele com a diretoria. Ele precisa melhorar a participação nos treinos, a atitude no dia a dia e a falta de respeito que ele teve com os colegas".
Próximos jogos:
22/10 - América-MG x Grêmio
30/10 - Grêmio x Flamengo
06/11 - Atlético-MG x Grêmio
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