O América-MG venceu o Ceará por 4 a 1 nesta quarta-feira, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. A vitória não foi suficiente para o time sair da lanterna do Brasileirão. Contudo, agora o time mineiro está só um ponto atrás do Avaí, penúltimo colocado. Já o Ceará continua próximo à zona da degola, mas nessa rodada não tem chance de ficar entre os quatro últimos.

A necessidade de vitória de ambos os lados, devido ao fato dos times estarem ameaçados pelo rebaixamento, promoveu uma partida repleta de falhas, aberta e com alguma emoção. Logo no minuto inicial, Kempes cruzou da direita, a bola atravessou toda a área do Ceará e sobrou nos pés de Gilson, que, de primeira, chutou a bola para muito longe. A resposta do Vozão veio em seguida. Neneca falhou na saída de bola e foi encoberto pelo cabeceio de Thiago Matias, a zaga tirou a bola em cima da linha, que sobrou para Roger chutar prensado na marcação. Incrível oportunidade desperdiçada.

A parceria Gilson e Caleb transformava o lado esquerdo americano como a principal arma do time. Os dois jogadores infernizavam a vida de João Marcos. Os cearenses se fecharam bastante na zaga, atacando o Coelho em raras oportunidades. A postura defensiva dos rivais obrigou os mineiros a apostarem nos cruzamentos e chutes de longa distância. Aos 16, uma bomba de Gilson assustou o goleiro Fernando Henrique. O Ceará se incomodou com a pressão americana e tentou avançar. Osvaldo e Roger buscavam as jogadas mais agudas. O segundo chegou próximo do gol, mas Anderson salvou.

A boa partida do lateral-esquerdo Gilson rendeu frutos. O jogador gingou para cima de Leandro Chaves e foi calçado dentro da área, após conseguir um belo drible. Na cobrança do pênalti, Fábio Júnior mandou a bola para as redes, deslocando Fernando Henrique, aos 25 minutos. O Ceará partiu para o ataque após o gol sofrido. Osvaldo alternava entre bons momentos, com forçadas simulações de falta, buscando uma penalidade a favor do Ceará também. Roger insistia em perder gols – aos 38, recebeu no mano a mano com a Everton Luiz, se livrou da marcação, mas isolou a bola.

O Ceará voltou para o segundo tempo disposto a arrancar um melhor resultado em Minas Gerais. Com a entrada de Felipe Azevedo, o time de Estevam Soares ganhou mais uma opção ofensiva. Foi com o meia-atacante que o Vozão chegou com perigo. Azevedo recebeu de Leandro Chaves e chutou forte, Neneca espalmou, para, depois, a zaga afastar. O tempo mudou, mas a falta de pontaria do atacante Roger permaneceu. Após receber livre na entrada da área, o centroavante chutou fraco, na zaga.

Sem Caleb, o América perdeu bastante força ofensiva. O meia teve que deixar o jogo no intervalo, sentindo uma contusão. Rodriguinho não demonstrava o mesmo poder de drible demonstrado pelo jovem e a armação ficou prejudicada. Kempes e Fábio Júnior voltaram em algumas ocasiões para tentar ajudar na armação das jogadas, mas sem grande sucesso.

Os chutes de longe e os cruzamentos eram as opções americanas para no início da etapa final. Aos 15, Amaral mandou uma bomba, que passou perto. Aos 19, Léo cruzou, Rodriguinho emendou e Fernando Henrique fez linda defesa. Aos 20, de tanto insistir, uma jogada funcionou, Rodriguinho chutou forte, de longe, no canto direito, sem chance para Fernando Henrique.

O Ceará se perdeu totalmente com o segundo gol. Apesar de ter mais jogadores de frente no segundo tempo, poucas chances eram criadas. Neneca trabalhava mais em escanteios ou faltas cobradas para a área. Com o suporte da alta zaga americana, o goleiro se sobressaía nesse tipo de situação.

A desorganização cearense, deixando espaços na defesa, culminou no terceiro gol do Coelho. Rodriguinho deu bom passe para Gilson, que chutou cruzado, sem defesa para o goleiro rival, aos 35. Dois minutos depois, com o relaxamento do Coelho, Felipe Azevedo diminuiu em um chute forte, após jogada de Osvaldo. O Ceará até se empolgou com o gol, mas Léo marcou mais uma vez para o Coelho e sacramentou a goleada.

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