A grande maioria do grupo de jogadores do Palmeiras continua ao lado de Kleber, afastado pela diretoria e por Luiz Felipe Scolari, que chegou a entregar o cargo caso o Gladiador não fosse afastado. Os relatos são de pessoas ligadas aos atletas e à própria direção. Alegam ainda que Felipão perdeu o comando do elenco há tempos, principalmente por conta das fortes críticas públicas ao time nos últimos tempos.

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A situação deixa a direção e o treinador em posição delicada. O vice Roberto Frizzo contornou a ameaça de demissão do técnico e optou pelo afastamento provisório do jogador. Mas agora mantém Scolari, com boa parte do grupo insatisfeita. Felipão não pretende trabalhar mais com o ex-capitão, quase sempre apoiado e exaltado pelo comandante até mesmo nas crises com a diretoria. A ideia é que o Gladiador se reapresente e treine de maneira separada.

A esperança de alguns é de que o elenco volte a ter uma "unidade" por ação dos poucos que não se rebelaram. Marcos Assunção, por exemplo, sempre esteve ao lado do técnico. Mesmo revoltados, os atletas recebem em dia e são cobrados a corresponder no campo.

O próprio Kleber já foi, recentemente, alvo de críticas internas de alguns jogadores também por declarações que não foram digeridas. Mas na confusão da última terça quase todos não queriam embarcar para o Rio de Janeiro, liderados pelo camisa 30. Muitos, inclusive, chegaram a dizer que não jogariam pelo Palmeiras e se negaram a concentrar em um hotel, alternativa dada pelo clube.

A ordem final foi embarcar logo cedo nesta quarta-feira. Todos atenderam. Kleber foi avisado que estava fora da delegação. O Gladiador ficou revoltado pela falta de atitude da diretoria após a agressão a João Vitor, apoiado pelos companheiros. O atacante tomou à frente e discutiu com o vice-presidente Roberto Frizzo e com Felipão. A acusação é de que o técnico expõe os atletas à ira dos torcedores com suas declarações contra a qualidade do time.

Há dez dias, torcedores foram protestar em frente ao condomínio do atacante, em Osasco. Kleber não engole tal atitude. Felipão teria avisado a Frizzo, na linha do "ou ele, ou eu". A direção e o presidente Arnaldo Tirone, por enquanto, decidiram pela manutenção do treinador. O único atleta a comentar o caso até agora foi Paulo Henrique, que confirmou que o protesto do time aconteceu em função da agressão a João Vitor.