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 | 04/10/2011 12h07min

"Bebida alcoólica nos estádios não é fundamental", diz deputado Miki Breier

Parlamentar se mostrou contrário à tolerância ao comércio de bebidas alcoólicas nos estádios durante a Copa 2014

O deputado estadual Miki Breier (PSB) acredita que a flexibilização da venda de bebidas alcoólicas nos estádios que receberão os jogos da Copa em 2014 não é fundamental para a realização do evento. Em entrevista ao programa Atualidade da Rádio Gaúcha, o parlamentar se mostrou contrário em relação a medida que o governo federal está propenso a recomendar aos estados para atender o pedido da Fifa, organizadora da competição.

— Não sei até que ponto a presidente tem esse poder, em um estado democrático e de direito, de revogar leis estaduais. Tem essa questão do caderno de encargos, que a Fifa estabelece para os países se credenciarem para a copa. Mas eu considero que mesmo assim, os encargos da Fifa não podem ser superiores às leis que existem. Ter ou não bebida alcoólica nos estádios não é fundamental para que o espetáculo aconteça. Temos que ter as equipes, a bola de futebol, as goleiras, enfim, tudo que envolve o básico para a prática do esporte — disse.

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Miki Breier também falou sobre os benefícios que a lei trouxe aos torcedores em seus três anos de aplicação. O deputado destaca a diminuição da violência nos estádios e acredita que as famílias podem assistir aos jogos com mais tranquilidade desde que o comércio de bebidas alcoólicas foi proibido em 2008.

— Temos relatos do comando da Brigada Militar que nestes três anos de vigência da lei, a violência diminuiu considerávelmente nos estádios. Muitas famílias agradecem e ficam mais tranquilas. Houve resultados muito positivos neste período com a aplicação desta legislação que trata uma questão polêmica. Nós sabemos que a bebida alcoólica faz com que muitas pessoas possam agir com violência, ainda mais misturada com a questão da multidão e da paixão pelo esporte. Queremos que a lei continue em vigor, como foi construída pelo poder legislativo estadual — disse.

Além de criticar a medida sinalizada pelo ministro do Esporte, Orlando Silva, ao secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, em reunião realizada na segunda-feira em Bruxelas, o deputado gaúcho questiona a revogação da lei estadual. Segundo o parlamentar, não existem mecanismos que possam suspender a legislação e retomá-la após a Copa.

— É uma preocupação que a gente tem há algum tempo, quando se sondou esta questão da possibilidade da lei ser revogada. Mas o que nós estamos questionando, é que não há um expediente que coloque uma lei em stand by por algum tempo. Nós temos uma lei construída aqui, debatida com a sociedade e que trouxe bons resultados — falou.


Confira o áudio da entrevista:



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