De destaque no Gauchão a reserva no Brasileirão, Leandro, 18 anos, admite: a ascensão rápida ajuda a explicar a perda de espaço no Grêmio.

— Criaram uma expectativa muito grande — afirma o atacante trazido do Gama, de Brasília.

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O novo desenho tático, com três armadores e apenas um atacante, colocou o garoto no banco. Uma frustração que poderá ser compensada nos próximos dias. A CBF pediu seu passaporte, um indício de que poderá ser convocado pelo técnico Ney Franco para os Jogos Pan-Americanos, em outubro, no México.

O arredio Leandro não se queixa de ser preterido. Como sua queda de rendimento coincidiu com o crescimento da equipe, dá razão ao técnico Celso Roth. Entende que as dificuldades são consequência da marcação mais rigorosa que tem enfrentado no Brasileirão, o primeiro de sua carreira.

— O que está acontecendo é uma coisa normal, sou muito novo ainda. Passaram a me comparar com Neymar só por causa do cabelo. Só que eu já usava moicano antes dele — garante.

Quando chegou ao Olímpico, Leandro tinha 16 anos. De lá para cá, foi descoberto nos juvenis por Renato Portaluppi, ganhou fama, despertou a atenção de olheiros estrangeiros e foi definido pelo presidente Paulo Odone como um jogador tão valioso quanto Carlos Eduardo, hoje no Rubin Kazan, da Rússia. O risco de perdê-lo levou a direção a prorrogar seu contrato até 2015. Com o novo salário, trocou a concentração por um apartamento. Muita coisa para a cabeça de um garoto, que admite um certo desamparo. Já são 16 meses longe dos pais.

— Sinto falta da família. Gostaria que eles estivessem por perto — confessa.

Leandro precisou de ajuda ontem para lembrar da última vez em que iniciou como titular. Relembre quando foi na reportagem completa, na edição desta terça de Zero Hora.

Próximos jogos:
22/09 - Grêmio x Botafogo
25/09 - Avaí x Grêmio
02/10 - Grêmio x Cruzeiro