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Esportes  | 19/09/2011 16h05min

Damião: Ter jogado na várzea me ajuda a entrar em campo com vontade

Para o centroavante, o jogador que passou por categorias de base valoriza menos o que tem

Em cinco anos, Leandro Damião saltou da várzea para assumir a camisa 9 da Seleção Brasileira. A afirmação no futebol nacional foi um pouco mais complicada para o astro colorado, que não passou por categorias de base. Mas para o centroavante, é a experiência em campos de areia esburacados no interior de São Paulo que o faz entrar em campo cheio de energia em cada jogo que disputa.

— Se eu tivesse tido base, não teria a vontade que tenho nos jogos. Jogador que tem base não dá valor a isso — disse o centroavante em entrevista ao programa Arena SporTV na tarde desta segunda. — A cada treino, tenho melhorado os fundamentos. Ter jogado na várzea tem me ajudado bastante, porque a cada dia que passa dou mais valor às coisas — acrescentou.

Antes de imaginar que defenderia o Inter, Damião já vestia vermelho e branco. Eram as cores da camisa do Família Tupi City, seu time na várzea. Também esteve no Arena o presidente da equipe, Paulo Enoc Calazans. Enquanto o astro colorado participava do programa direto da redação da RBS TV, no estúdio, o dirigente lembrava da chegada do ainda franzino garoto ao time em 2006:

— O Leandro sempre foi diferenciado. O primo dele, Rogério, o trouxe dizendo que ele jogava. Eu disse "vamos ver se mete caixa". Ele chegou e meteu duas. Vou falar mais o quê? É o titular da 9, já era!

A ousadia de Damião não é novidade. Desde os tempos de Tupi City ele aplica a lambreta que rendeu aplausos de argentinos durante o empate da Seleção na última quarta. E no mundo do futebol amador, realizar a jogada é um atrevimento ainda maior.

— Na várzea é pesado, tem que ter respeito. E o Leandro sempre foi assim, vai para cima mesmo — disse Calazans.

— Tinha muita pancada — lembrou Damião. — Não tem câmera para filmar. É mais complicado — acrescentou, dando risadas.

O centroavante não esquece de onde veio, e segue mantendo contato com os amigos dos tempos de várzea. A última vez que haviam conversado foi na última quarta.

— Ele é o nosso orgulho, de hoje e sempre — destacou Calazans, a quem Damião se refere até hoje como "o nosso presidente".

No encerramento da entrevista, o jogador do Inter mostrou mais uma vez sua humildade ao citar um samba que o faz lembrar de suas raízes:

— Favela que me viu nascer, eu canto e me orgulho por você.


Próximos jogos:
21/09 - Figueirense x Inter
25/09 - Inter x Atlético-MG
02/10 - Atlético-PR x Inter

CLICESPORTES
Arquivo Pessoal / Arquivo Pessoal

Damião e o companheiro Gustavo comemoram título conquistado pelo Tupi City
Foto:  Arquivo Pessoal  /  Arquivo Pessoal


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