A goleada de 5 a 0 sofrida para o Cruzeiro, sábado, em Uberlândia, foi um duro golpe nos planos de reação do Avaí no Campeonato Brasileiro. A equipe, que projetava deixar a zona de rebaixamento pela primeira vez desde que iniciou a competição, caiu para a 19ª colocação e só não foi parar na lanterna porque o Botafogo reagiu e virou o placar sobre o América-MG, também no sábado à noite, vencendo por 4 a 2.

A derrota em Minas Gerais deixou em aberto a continuidade do trabalho de Alexandre Gallo à frente do Leão da Ilha. Hoje, na reunião ordinária da diretoria, na Ressacada, o assunto será o tema principal. O presidente João Nilson Zunino defende a permanência do treinador, apesar da ausência de resultados e dos vexames.

Em 12 partidas sob o comando de Gallo, o Avaí perdeu seis, empatou três e venceu outras três – sofreu duas goleadas, ambas por 5 a 0 (para Palmeiras e Cruzeiro). Um aproveitamento pouco superior a 36%, o que não garante a saída do Z-4.

Mesmo assim, Zunino acha que nova troca de técnico agora pode ser pior – e não vê no mercado alguém que possa fazer a diferença neste momento. O presidente não foi a Uberlândia em função de problemas de saúde de seu filho, Gabriel. Ficou em Florianópolis e acompanhou a partida pela televisão. Após o jogo, ligou para o coordenador de Futebol do Leão, Gustavo Mendes, e foi claro:

— O momento é de serenidade.

Gustavo falou com os jogadores no vestiário ao fim da partida.

— Falei como gestor e acho que eles entenderam a mensagem. Andamos muitos passos para trás. Cabe aos atletas, à comissão técnica e a nós dirigentes reconquistarmos a confiança do torcedor para retomarmos o nosso caminho —destacou.

Procurado pela reportagem, o empresário Luiz Alberto de Oliveira, parceiro do clube, não foi localizado. Sua presença na reunião de hoje não é certa, já que oficialmente ele não faz parte da diretoria avaiana. Mas é certo que Luiz mantém contatos com Zunino e de suas conversas sairá uma decisão que tentará recolocar o Avaí no caminho das vitórias.