A goleada sofrida para o Cruzeiro por 5 a 0 não foi a primeira que o time tomou. Quando Alexandre Gallo estreou no comando da equipe, no dia 19 de junho, diante do Palmeiras, o placar foi o mesmo. A defesa do Avaí é a pior do campeonato e um dos tormentos do treinador azurra. Em 12 jogos sob o seu comando, foram 24 gols sofridos, média de dois por partida. No total, o gol do Avaí foi vazado 36 gols.

No último sábado, um dos jogadores que contribuiram para o “desastre” foi o zagueiro Welton Felipe, contratado no início do campeonato para dar segurança ao setor, a pedido de Gallo. Welton errou quando tentou sair jogando, permitiu o contra-ataque que resultou no primeiro gol, de Fabrício. E falhou feio no terceiro gol, quando perdeu a bola para o atacante Wellington Paulista na intermediária, cometeu pênalti — convertido por Montillo — e acabou expulso.

Uma sucessão de equívocos que contaminou quase todo o time. Após a partida, Gallo preferiu não colocar a culpa toda no jogador.

— Não é o momento de conversar com o Welton. Temos de ter equilíbrio nessa hora e tentar tirar lições.

O problema é encontrar uma saída para algo que parece sem solução. As opções para o setor também não convenceram e a contratação de novos jogadores parecem inevitáveis.

As opções para a zaga
1) Gustavo Bastos – titular no início do trabalho de Gallo, perdeu a vaga no time após duas falhas no jogo contra o Inter, na Ressacada. Não acompanhou a delegação a Minas Gerais.
2) Dirceu – chegou após a saída do técnico Silas e demorou para receber a confiança de Gallo. Fez boas atuações contra Inter e Botafogo e virou titular.
3) Welton Felipe – considerado um “falso lento” pelo técnico Alexandre Gallo, costuma tomar muitos cartões. Em oito jogos pelo Avaí, recebeu quatro amarelos e dois vermelhos.
4) Cláudio Caçapa – foi contratado para comandar a defesa, mas, no primeiro jogo, contra o São Paulo, se machucou e ainda não sabe quando voltará aos gramados
5) Thiago Sales – chegou há quase dois meses e só agora, diante do Cruzeiro, fez a estreia.
6) Gian – titular do técnico Silas, machucou-se na decisão do returno do Estadual, em maio, e só agora voltou aos treinos. Não tem previsão de retorno.
7) Cassio – era o titular da equipe até se machucar com gravidade no jogo de estreia de Gallo, contra o Palmeiras. Não tem previsão de retorno.
8) Rafael – irmão gêmeo de Cássio, estava emprestado ao Sion, da Suíça, quando se machucou. Fez a recuperação no Avaí e tem treinado com o grupo principal. Ainda não foi relacionado pelo treinador nesta Série A.
9) Bruno – é volante de origem e tem atuado em muitas partidas como um terceiro zagueiro. É o homem de confiança de Gallo. Mas foi mal em Minas.